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segunda-feira, 9 de abril de 2012

Somos todos jecas

Mazzaropi produziu mais de 30 filmes (foto: Rede Brasil Atual)

De Curitiba
 
O 9 de abril de 2012 foi atribulado para este blogueiro, todavia teve que sobrar um tempinho pra registrar aqui a homenagem ao centenário de Amâncio Mazzaropi.

Mazzaropi veio a este mundo em 9 de abril de 1912 em São Paulo, capital e, ao contrário de seus personagens - Jeca Tatu o mais emblemático deles -, nasceu na capital mas foi no interior que se criou.

Também foi no contrafluxo ao ser empreendendor de todas as etapas da incipiente indústria cinematográfica nacional. Produziu, interpretou, dirigiu, distribuiu seus filmes que são um legado ímpar à história do cinema brasileiro, à história da vida tupiniquim.

Sinceramente, as comemorações pelo centenário de Mazzaropi, mesmo que concebidas com o carinho e zelo que o gênio merece, são tímidas diante da importância de Amâncio.

É, talvez sejamos meio jecas mesmo em reconhecer nossos talentos, em valorizar nossa brasilidade.

Aos pouquinhos, porém, isso vai mudando e Mazzaropi, lá atrás, nas três décadas que se dedicou à sétima arte, sem dúvida deixou uma contribuição imensurável para esse processo - mais lento que o ideal, no entanto na velocidade que nos permitimos.

(Como disse o jornalista Franklin Martins numa palestra semanas atrás em Curitiba, não somos de galopes, sim de passos de elefantes.

Mais sobre Mazzaropi, recomendo esta matéria da Revista do Brasil (http://migre.me/8BYHp), este texto do jornalista Paulo Camargo na Gazeta do Povo de domingo (http://migre.me/8BYIo), o portal criado para o centenário de Mazzaropi (www.centenariomazzaropi.com.br) e o site da Cinemateca Brasileira (www.cinemateca.gov.br). Nesses dois últimos, os eventos em homenagem ao nosso Jeca programados para esta semana.

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