Do alto se pode ver a cidade. Mas a cidade não verá mais o pavilhão (foto: WAA)
De Curitiba
Vem de Santos uma indignação danada contra o Ministério Público do Estado de São Paulo.
É que, a pedido da Promotoria de Justiça Cível do Ministério Público paulista, a tradicional bandeira que tremula no alto do Monte Serrat - e que pode ser vista de vários pontos da ilha e da área continental - teve de ser retirada do topo do morro.
A alegação é de que o pavilhão nacional descaracteriza o Santuário de Nossa Senhora do Monte Serrat, situado no local, tombado pelo Patrimônio Histórico.
O povo não entende como o símbolo máximo da pátria pode ser considerado, por um órgão como o Ministério Público, um estorvo.
Pior: o povo quer saber por que o Ministério Público, bancado (e muito bem bancado) pelo erário, não tem a mesma energia e eficiência para intervir em problemas muito mais graves e urgentes.
O transporte coletivo, por exemplo, é operado por uma empresa concessionária que faz o que bem entende. O mesmo com a limpeza urbana, também nas mãos de uma concessionária privada.
E a saúde? Por que, como pediu a retirada da bandeira, o MP não exige a abertura do Hospital dos Estivadores, 100% SUS? Ah, o Ministério Público deveria ainda cobrar da prefeitura o cumprimento do Estatuto das Cidades - e, com a ocupação dos imóveis abandonados, certamente os cortiços do Paquetá e da Vila Nova teriam fim.
Nenhum comentário:
Postar um comentário