Senna ultrapassa a supermáquina Williams de Damon Hill no épico GP Brasil de 93
De Curitiba
Acompanhando os treinos que antecedem o Grande Prêmio Brasil deste ano, bateu uma saudade danada dos tempos em que a Fórmula 1 valia a pena ser seguida.
E valia não "só" porque havia Ayrton Senna, o maior piloto de todos os tempos. Valia porque, além de Senna, havia Prost, Mansell, Piquet, Patrese, Berger, Alboreto... Havia os supercarros da Williams.
Em 1993 me aventurei num concurso da rádio Tribuna FM, lá de Santos, e ganhei um ingresso para ver a corrida de Interlagos. O concurso consistia em, no ar, ao vivo, simular a narração do final da corrida, com a vitória de Senna - ao típico estilo Galvão Bueno.
Enfim, faturei - dias antes do GP a Tribuna anunciava a cobertura da corrida utilizando a tal narração.
No domingo, àquela época as provas da Fórmula 1 em Interlagos eram em março, presenciei a um dos momentos épicos da história da modalidade, da carreira de Senna.
Como dito, as Williams - para qual sempre torci (torço ainda) - tinham carros "de outro mundo". Um deles pilotados pelo professor Alain Prost, outro pelo novato, mas competente, Damon Hill. Favoritismo absoluto.
Senna, com sua McLaren capenga, "só" podia contar com seu talento.
Eis que as águas de março paulistas caíram e bagunçaram a corrida. Carros rodando, escapulindo da pista, batidas. Prost, sempre um desastre na chuva, bateu no brasileiro Christian Fittipaldi, ficou fora da prova.
Aí entrou em cena Senna. Se segurou no asfalto, fez ultrapassagens incríveis, deixou a supermáquina de Hill para trás e conquistou uma vitória heróica.
Interlagos em delírio, a torcida invadindo a pista, Senna nos braços do povo.
Coisa de filme.
Ano seguinte, Senna realizava um dos seus sonhos - pilotar um Williams. O final dos sonhos desse filme, uma vitória de Senna em Interlagos com um Williams, com esse a gente sempre sonha.
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