Momento é crucial. Opção deve ser o campo progressista (foto: WAA) |
De Curitiba
A uma semana da eleição, o Macuco Blog declara o apoio a uma das candidaturas da esquerda em Santos.
Este blogueiro, como fazemos há quase três décadas lá em casa, vai de Telma de Souza, do PT. Mas recomenda também Eneida Koury, do Psol, ou Luiz Xavier, do PSTU.
Há 20 anos, Telma terminava seu mandato à frente da Prefeitura de Santos com a aprovação de nove entre dez moradores da cidade, mesmo enfrentando uma ferrenha oposição da mídia local e administrando o município numa época de grande instabilidade política e econômica do Brasil.
O orçamento era extraordinariamente inferior ao de hoje; a hiperinflação limitava a capacidade de investimentos e planejamento de qualquer gestor público. Ainda assim, Telma reformulou o transporte coletivo, urbanizou a Zona Noroeste, cuidou especialmente dos Morros, implantou a coleta seletiva de lixo, criou instrumentos que abriram caminho para a recuperação do Centro Histórico e para a possibilidade de se acabar com os cortiços no Centro Velho, levou programas culturais para as escolas.
No governo Telma nasceram políticas na área de saúde que depois foram replicadas para o país e incorporadas pelo governo federal, como os programas de prevenção e tratamento da aids e a humanização do tratamento na saúde mental - mundialmente reconhecidos. Programas esses conduzidos pelo secretário de Saúde, David Capistrano Filho, eleito pelo povo em 1992 para suceder Telma na Prefeitura.
Enfim, Telma possui experiência, sem perder a essência do discurso progressista. Tem, portanto, credibilidade para dirigir Santos neste momento crucial de sua história.
Eneida e Luiz Xavier são mais radicais - e por radicais não se entenda "extremismo" ou "sectarismo", sim ir à raiz das questões. O voto em um dos dois é importante para sinalizar à elite santista que, embora a direita esteja a predominar, a Santos combativa, popular, resistente, resiste.
Qualquer que seja a opção, lembre-se: o crescimento com desenvolvimento só alcançamos quando caminhamos pela esquerda.
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