Ex-gestor é contrário às políticas de humanização no setor |
Foi publicado na edição desta segunda-feira, 9 de maio, do Diário Oficial da União, o ato de exoneração de Valencius Wurch Duarte Filho da coordenação de Saúde Mental, Álcool e Outras Drogas, do Ministério da Saúde.
Valencius era indicação do ex-ministro Marcelo Castro (deputado federal pelo PMDB-PI), que deixou o governo quando o golpe do impeachment começou a se consumar na Câmara.
A saída de Valencius era reivindicada desde o final do ano passado por movimentos, profissionais e pacientes, que identificavam na presença do psiquiatra no cargo um retrocesso para o setor.
A saída de Valencius era reivindicada desde o final do ano passado por movimentos, profissionais e pacientes, que identificavam na presença do psiquiatra no cargo um retrocesso para o setor.
Valencius Wurch é um ferrenho opositor das ações de humanização da saúde mental que o Brasil começou a experimentar em 1989, em Santos, e que gradativamente foram se espelhando pelo país e tornadas políticas nacionais na área.
O psiquiatra foi, por exemplo, diretor da Casa de Saúde Dr. Eiras, em Paracambi (RJ), maior manicômio privado da América Latina e que foi fechado em 2012 depois da constatação de graves violações de direitos humanos praticadas na instituição.
“Da saída de Valencius, lamentamos apenas que tenha sido pela troca no ministério, e não devido às pressões do nosso movimento em defesa da saúde mental livre de manicômios e comunidades terapêuticas, as quais ele defendia. No entanto, precisamos estar alertas quanto ao substituto”, alerta Evelyn Sayeg, representante do Levante Popular da Juventude na Frente Estadual Antimanicomial de São Paulo (Feasp), em entrevista à Rede Brasil Atual (RBA).
A expectativa, agora, é em torno do nome do sucessor, afirma também à RBA o presidente do Sindicato dos Psicólogos de São Paulo (Sinpsi), Rogério Giannini. “Não faltam bons nomes entre especialistas afinados com a reforma antimanicomial. O que não queremos é que venham novos ‘valencius’.”
Ainda segundo a Rede Brasil Atual, no próximo dia 18, Dia Nacional da Luta Antimanicomial, em diversas cidades brasileiras deverão ocorrer atos contra retrocessos na política nacional de saúde mental.
O psiquiatra foi, por exemplo, diretor da Casa de Saúde Dr. Eiras, em Paracambi (RJ), maior manicômio privado da América Latina e que foi fechado em 2012 depois da constatação de graves violações de direitos humanos praticadas na instituição.
“Da saída de Valencius, lamentamos apenas que tenha sido pela troca no ministério, e não devido às pressões do nosso movimento em defesa da saúde mental livre de manicômios e comunidades terapêuticas, as quais ele defendia. No entanto, precisamos estar alertas quanto ao substituto”, alerta Evelyn Sayeg, representante do Levante Popular da Juventude na Frente Estadual Antimanicomial de São Paulo (Feasp), em entrevista à Rede Brasil Atual (RBA).
A expectativa, agora, é em torno do nome do sucessor, afirma também à RBA o presidente do Sindicato dos Psicólogos de São Paulo (Sinpsi), Rogério Giannini. “Não faltam bons nomes entre especialistas afinados com a reforma antimanicomial. O que não queremos é que venham novos ‘valencius’.”
Ainda segundo a Rede Brasil Atual, no próximo dia 18, Dia Nacional da Luta Antimanicomial, em diversas cidades brasileiras deverão ocorrer atos contra retrocessos na política nacional de saúde mental.
Por @waasantista, com informações da Rede Brasil Atual, postado de Curitiba
|Fotos: Laiza Marinho/Jornalistas Livres
| Publicado também no Brasil Observer
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