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segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Por mais elétricos nas cidades

Um dos seis trólebus Mafersa que sobrevivem em Santos (foto: PMS)
De Curitiba

São Paulo, Santos e Grande ABC são as únicas regiões do Brasil onde ainda existem sistemas de trólebus.

O de Santos, que completa meio século neste 12 de agosto, resiste com meia-dúzia de veículos, que rodam na linha 20.

Em São Paulo e no ABC, ao contrário.

A frota vem sendo ampliada e renovada. Veículos maiores (inclusive articulados), modernos, com bateria reserva que dá autonomia ao ônibus para rodar em caso de falta de energia ou de deslocamento por alguma via sem rede aérea, têm sido incorporados nos últimos anos.
  • Leia aqui sobre os novos elétricos que estão circulando na capital paulista
  • E aqui sobre os 50 anos dos trólebus em Santos
Ou seja, trólebus está longe de ser um modal arcaico, ultrapassado, que atravanca o fluxo de veículos.

Pelo contrário. 

São ônibus mais confortáveis, menos barulhentos, não poluentes, bem mais duráveis que os movidos a diesel. São sustentáveis. Absolutamente pós-modernos, portanto.

O governo federal poderia criar um programa de estímulo à implantação de sistemas de trólebus, pelas prefeituras, a exemplo do que ocorreu entre o final da década de 70 e início dos anos 80.

Àquela época, por meio da Empresa Brasileira de Transportes Urbanos (EBTU), o governo financiou a compra e a produção dos ônibus elétricos e a implantação de redes de energia para circulação dos veículos. Com os subsídios, em Santos, por exemplo, a tarifa nas linhas de trólebus chegou a ser mais barata do que o preço da passagem dos ônibus a diesel.

Mas aí veio o tsunami neoliberal dos anos 90, que diminuiu e afastou o Estado de políticas públicas como essa; os sistemas de transporte urbano foram, então, privatizados.

Prevaleceu a lógica de mercado, não o desenvolvimento de soluções. E assim, como dito, só em São Paulo, Santos e Grande ABC os trólebus conseguiram sobreviver.

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