Por-do-Sol visto da altura do Canal 4, Praia do Embaré (foto: WAA) |
De Santos
Replico aqui texto que fiz para o Ó Minha Santos, em referência ao aniversário da cidade, neste domingo, 26 de janeiro:
"Este espaço costuma ser utilizado para a exposição dos problemas e dos desafios de Santos - até porque o Ó Minha Santos tem se mostrado como um dos poucos, se não o único, meio de comunicação local a tratar dos males da cidade abordando-os pela raiz. Todavia, às vésperas de mais um aniversário, aproveitemos a oportunidade para exaltar as qualidades da nossa terra. Afinal, as temos, e são motivo de orgulho.
Este verão, por exemplo, tem rendido imagens espetaculares do anoitecer santista. Seja dos píeres da Ponta da Praia, seja do quebra-mar do Emissário Submarino, ou do alto do Monte Serrat, temos o privilégio de apreciar um por-do-sol que está entre os mais belos do planeta. Apesar da ocupação verticalizada desenfreada do nosso território, a qual cria muros diante do nosso horizonte, a natureza foi tão generosa com Santos que ainda conseguimos contemplar suas melhores formas.
A especulação imobiliária pôs - e continua colocando - abaixo nossa história. Entretanto, o patrimônio arquitetônico e cultural construído ao longo de mais de quatro séculos pela gente santista é tão onipresente que retratos desse legado (ainda?) podem ser apreciados. E não só no Centro Histórico, onde esse patrimônio está mais à mostra.
Uma caminhada pelo Macuco, pelo Marapé, pela Pedro Lessa, pela Vila Mathias, pelo Campo Grande, e a gente se depara com chalés, sobrados, construções ímpares, que servem ou serviram de lar ou de estabelecimento comercial. Cada um deles, certamente, guarda um passado raro.
O território plano em boa parte da ilha convida a caminhadas e a rolezinhos de bicicletas. Mas temos, no nosso quintal, a altitude dos morros e a vista propiciada de seus topos. A Mata Atlântica, um dos biomas mais ricos do planeta, esta também temos no nosso quintal, ali na área continental. Os manguezais, berços da natureza, embora criminosamente mal tratados e cuidados em razão das desigualdades sociais históricas que obrigaram nossa gente a ir morar em palafitas, esses também estão ali, sobretudo na Zona Noroeste.
Aqui temos o maior porto da América Latina, temos um clube que encantou o mundo com um dos maiores times de futebol de todos os tempos, abrigamos quilombos e estivemos entre os pioneiros a abolir a escravidão, resistimos à ditadura militar implantada pelo golpe de 64, revelamos esportistas, artistas, políticos e trabalhadores anônimos que ajudaram e ajudam a construir a nação brasileira.
Santos tem beleza natural e construída; tem passado, tem presente, e precisa cuidar melhor do seu futuro. Mas segue como um dos rincões mais agradáveis para se viver. Vivamos, Santos! Parabéns pelos 468 anos!"
Este verão, por exemplo, tem rendido imagens espetaculares do anoitecer santista. Seja dos píeres da Ponta da Praia, seja do quebra-mar do Emissário Submarino, ou do alto do Monte Serrat, temos o privilégio de apreciar um por-do-sol que está entre os mais belos do planeta. Apesar da ocupação verticalizada desenfreada do nosso território, a qual cria muros diante do nosso horizonte, a natureza foi tão generosa com Santos que ainda conseguimos contemplar suas melhores formas.
A especulação imobiliária pôs - e continua colocando - abaixo nossa história. Entretanto, o patrimônio arquitetônico e cultural construído ao longo de mais de quatro séculos pela gente santista é tão onipresente que retratos desse legado (ainda?) podem ser apreciados. E não só no Centro Histórico, onde esse patrimônio está mais à mostra.
Uma caminhada pelo Macuco, pelo Marapé, pela Pedro Lessa, pela Vila Mathias, pelo Campo Grande, e a gente se depara com chalés, sobrados, construções ímpares, que servem ou serviram de lar ou de estabelecimento comercial. Cada um deles, certamente, guarda um passado raro.
O território plano em boa parte da ilha convida a caminhadas e a rolezinhos de bicicletas. Mas temos, no nosso quintal, a altitude dos morros e a vista propiciada de seus topos. A Mata Atlântica, um dos biomas mais ricos do planeta, esta também temos no nosso quintal, ali na área continental. Os manguezais, berços da natureza, embora criminosamente mal tratados e cuidados em razão das desigualdades sociais históricas que obrigaram nossa gente a ir morar em palafitas, esses também estão ali, sobretudo na Zona Noroeste.
Aqui temos o maior porto da América Latina, temos um clube que encantou o mundo com um dos maiores times de futebol de todos os tempos, abrigamos quilombos e estivemos entre os pioneiros a abolir a escravidão, resistimos à ditadura militar implantada pelo golpe de 64, revelamos esportistas, artistas, políticos e trabalhadores anônimos que ajudaram e ajudam a construir a nação brasileira.
Santos tem beleza natural e construída; tem passado, tem presente, e precisa cuidar melhor do seu futuro. Mas segue como um dos rincões mais agradáveis para se viver. Vivamos, Santos! Parabéns pelos 468 anos!"
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