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quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

A omissão do Brasil diante da ameaça de golpe na Venezuela

Fuser participou de debate no Sindicato dos Engenheiros do Paraná
De Curitiba

O jornalista Igor Fuser, professor do curso de Relações Internacionais da Universidade Federal do ABC Paulista, e que passou um pito na Globo em plena Globo, esteve nesta quarta-feira em Curitiba falando sobre uma de suas especialidades: Venezuela.

E alertou: o posicionamento (ou a omissão) do Brasil pode pesar nos rumos do país vizinho - e por tabela, nos rumos da América Latina.
 
Assim, analisou Igor Fuser, é hora de as forças progressistas se mobilizarem para dar ao governo brasileiro condições de que assuma um discurso mais firme, de contestação à evidente tentativa de golpe de Estado orquestrada pela direita venezuelana e pelos Estados Unidos.
 
Se o governo brasileiro rechaçar com mais clareza esse processo golpista, não haverá ambiente para tal movimento prosperar, nem lá, nem aqui.
 
Não foi exatamente com estas palavras, mas em síntese Igor Fuser disse o seguinte:

- Até agora, o governo brasileiro tem sido muito tímido, pra dizer o mínimo. Se não contestar o golpe em curso, será suicídio (um golpe na Venezuela encorajaria as forças reacionárias no resto do continente, inclusive e sobretudo no Brasil). Se contestar, dá respaldo, apoio político, solidez ao avanço dos governos progressistas, não submissos aos interesses estadunidenses, da região.

Na guinada à direita dada pelo governo Dilma no último ano e meio salvou-se a política externa. Ainda que de forma mais acanhada, o governo mantém a preferência pela integração com a América Latina e África, e desvinculando-se dos caprichos de Washington.

O episódio da Venezuela é uma boa oportunidade pra reforçar essa opção.

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