Dilma demorou, mas recebeu MST (foto: Agência Brasil) |
De Curitiba
A Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (conhecida como FAO, na sigla em inglês) estabeleceu 2014 como o ano internacional da agricultura familiar.
O objetivo, diz a FAO, “é reposicionar a agricultura familiar no centro das políticas agrícolas, ambientais e sociais nas agendas nacionais, identificando lacunas e oportunidades para promover uma mudança rumo a um desenvolvimento mais equitativo e equilibrado” (ver aqui).
Carece de avisar a presidenta Dilma Rousseff e integrantes de seu governo.
Porque, em vez de ser colocada no “centro das políticas públicas”, a agricultura familiar tem sido alijada pelo governo nos últimos três.
O VI Congresso Nacional do MST, realizado nesta semana em Brasília, expôs isso tim-tim por tim-tim.
E nessa mesma semana, a própria presidenta Dilma deu mostras de que está menos envolvida com a agricultura familiar e mais comprometida com o principal contraponto desta, o agronegócio.
Na terça-feira, dia 11, Dilma subiu numa dessas máquinas agrícolas para dar largada à colheita da safra de grãos 2013/2014; discursou, posou para fotos ao lado de ruralistas, entre eles a serelepe godiva do latifúndio. Enalteceu o agronegócio pelo twitter e no Blog do Planalto.
O objetivo, diz a FAO, “é reposicionar a agricultura familiar no centro das políticas agrícolas, ambientais e sociais nas agendas nacionais, identificando lacunas e oportunidades para promover uma mudança rumo a um desenvolvimento mais equitativo e equilibrado” (ver aqui).
Carece de avisar a presidenta Dilma Rousseff e integrantes de seu governo.
Porque, em vez de ser colocada no “centro das políticas públicas”, a agricultura familiar tem sido alijada pelo governo nos últimos três.
O VI Congresso Nacional do MST, realizado nesta semana em Brasília, expôs isso tim-tim por tim-tim.
E nessa mesma semana, a própria presidenta Dilma deu mostras de que está menos envolvida com a agricultura familiar e mais comprometida com o principal contraponto desta, o agronegócio.
Na terça-feira, dia 11, Dilma subiu numa dessas máquinas agrícolas para dar largada à colheita da safra de grãos 2013/2014; discursou, posou para fotos ao lado de ruralistas, entre eles a serelepe godiva do latifúndio. Enalteceu o agronegócio pelo twitter e no Blog do Planalto.
Enquanto isso, ocorria na capital da República o encontro do MST, um dos movimentos sociais mais respeitados em todo o mundo (só não sabe disso quem apenas vê Globo e lê Veja e assemelhados).
Só na quinta-feira - depois que, na véspera, os trabalhadores rurais sem-terra saíram em passeata pela Esplanada dos Ministérios, se posicionaram na Praça dos Três Poderes, e foram reprimidos pela polícia distrital - é que Dilma resolveu se aproximar.
Recebeu, simpaticamente, representantes do MST, pedindo-lhes que "passassem tudo o que puderem passar de informações sobre o que está errado" para "fazer as mudanças" (confira aqui). Ora, presidenta, há três anos o MST tenta lhe entregar pessoalmente essa “lista do que está errado”!
Apesar da receptividade, da promessa de tomada de decisões, pareceu protocolar a acolhida ao MST no Palácio do Planalto. Não se viu nos canais oficiais de comunicação da Presidência da República nenhuma fala da própria presidenta. Em seu twitter, nenhum piu.
O pior é que, na atual conjuntura político-eleitoral, Tia Dilma ainda é a opção que mais pode oferecer algum alento à agricultura familiar, camponesa. Dos demais postulantes ao governo, a dupla Eduardo-Marina cada vez mais se mexe e se alia à direita neoliberal; Aécio Neves, este já está pra lá faz tempo.
Mesmo assim, Tia Dilma, acorda!
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