Bolsa banqueiro deu lucro de R$ 15,7 bi aos Setúbal em 2013 (foto: Sind.Bancários) |
De Curitiba
O governo federal vai cortar R$ 44 bilhões do Orçamento da União.
Coube aos ministros Guido Mantega (Fazenda) e Miriam Belchior (Planejamento) explicar os cortes (ver aqui).
"A educação e a saúde, o Programa Brasil Sem Miséria, e a Ciência, Tecnologia e Inovação foram preservados, não sofrerão cortes", ressaltaram os ministros.
A notícia é veiculada na grande mídia, comprometida com o mercado financeiro, como decisão lúcida, que busca garantir equilíbrio das contas públicas, racionalidade nas despesas.
A midiona omite a tragédia por trás dessa suposta mão de ferro nos gastos.
Omite que a tesoura corta de tudo, só não corta o que o orçamento reserva para o custeio da dívida pública, ou seja, para aquilo que guarda para pagar de juros aos bancos.
Não corta um centavo do bolsa banqueiro.
Cortou do PAC, o Programa de Aceleração de Crescimento, isto é, das obras que geram emprego, renda e desenvolvimento.
Cortou do custeio da máquina pública, impedindo contratações de concursados para a prestação dos serviços públicos.
Se corta de obras e de custeio, indiretamente corta também da educação, da saúde, do transporte, da habitação, do saneamento...
Essa tesouro só não corta - nem toca! - na bolsa banqueiro.
Até porque se relar um pouquinho a reação contrária é um bombardeio.
(Quem ousa mudar a lógica do mercado, como têm ousado Venezuela e Argentina, sofre com retaliações, como se tem visto)
Se a tesoura de Tia Dilma e sua turma fica longe da bolsa banqueiro, ficam longe também as tesouras dos outros postulantes à Presidência da República.
Aécio Neves representa a essência, o DNA, dessa política monetarista-rentista.
Marina Silva, que faz dupla com Eduardo Campos, é apoiada pela Setúbal do Itaú, maior beneficiado pela bolsa (banqueiro).
Portanto, minha gente, não adianta gritar por passe-livre, escola e hospital "padrão Fifa", se não protestar pra que se afie melhor essa tesoura.
Tampouco adianta embarcar nesse modismo pseudopolitizado do "não vai ter Copa".
É isso mesmo que o poder econômico quer, o desvio de foco.
Os R$ 8 bilhões, custo dos estádios da Copa, representam o que o governo paga em duas semanas de juros para os bancos, compara aqui João Pedro Stédile, do MST.
é isso meu caro: o problema é de fio da tesoura e de quem a usa e a afia.
ResponderExcluirà luta.
grande abraço,
rg