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quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Cúpula da cópula

De Curitiba

Das mais progressistas políticas do Governo Lula está a de relações exteriores, que tem no conterrâneo Celso Almorim seu timoneiro.

Em especial na aproximação com nossos vizinhos de continente.

Nesta quinta, dia 16, e sexta, dia 17, em Foz do Iguaçu, Lula participa de sua última Cúpula do Mercosul.

Coincidentemente, passa adiante a presidência (rotativa) do bloco também, para o colega do Paraguai, Fernando Lugo (que, felizmente, parece estar com a saúde re-estabelecida).

Lula deixa a presidência da República e a atuação na Cúpula todavia os brasileiros e latino-americanos nacionalistas podem ficar sossegados que o processo de integração regional não será interrompido pela presidenta Dilma.

Pelo contrário.

Dilma deve dar continuidade, e mais intensamente, à relação solidária, de irmãos, com as nações de nuestra América.

Estava nesse ponto uma das principais diferenças entre a candidatura da petista e a do tucano José Serra.

(Como é que Plínio de Arruda Sampaio, Marina Silva, não enxergavam isso?)

Serra era o candidato da Alca - subserviência à América do Norte, paulada na América do Sul.

Dilma era - é, será - a sequência da ação do Lula. Unir o Sul para lidar de igual para igual com o Norte.

A nossa elite conservadora - que conhece as lojas de Miami e as esquinas de Nova Iorque mas não exerga o que se passa além Higienópolis ou Barra - tem "horror!" a essa amizade com ameríndios.

Então se você ficar só nas globos, vejas, folhas e assemelhados capaz de só se deparar com desdém ou forçação de intrigas entre nós e os vizinhos.

("Eu sou da América do Sul/ eu sei, vocês não vão saber...")

Aqui ao lado, tem uma lista de sugestões pra você se inteirar do tema por outros olhares.

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