Dos pés dele saíram passes e gols fundamentais nos últimos anos (foto: Santos F.C.)
De Curitiba
Que os torcedores dos outros clubes cornetem, até se entende.
Falar a verdade, soa dor-de-cotovelo: bem que gostariam de ter um Elano no time.
Agora, crucificação partindo de santistas, aí é injustiça.
Elano foi peça-chave nas principais conquistas do Santos na década atual.
Os campeonatos brasileiros de 2002 e 2004. A briosa campanha que levou ao vice da Libertadores em 2003.
O tri da Libertadores, deste ano.
Elano foi artilheiro do Campeonato Paulista. E um dos poucos jogadores que se salvaram na desastrosa participação da seleção brasileira na Copa do Mundo, um ano atrás.
Ontem, a precisa assistência ao Borges, que resultou no primeiro gol do Santos contra o Flamengo, partiu dos pés de Elano.
No segundo tempo, no comecinho, quase faz um golaço de falta - mérito do goleiro adversário, Felipe, que espalmou a bola.
Se a cavadinha de Elano tivesse entrado, este post não estaria sendo escrito.
Porque comentaristas e corneteiros de plantão estariam a exaltar a ousadia do jogador, que teria se redimido do pênalti perdido na Copa América, não só pela cavadinha, mas pelo passe magistral ao Borges; ele, Elano, exemplar na Copa do Mundo, imprescindível no tri santista da Libertadores, a experiência a serviço do ímpeto da mais nova geração de Meninos da Vila etc etc etc.
Não é por apenas um gesto, um ato, que se julga - e se condena ou se absolve - um ser humano.
A trajetória de Elano, no Santos e na seleção, é merecedora de, no mínimo, respeito.
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