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quarta-feira, 13 de julho de 2011

Sem opções para voar

Sonhado retorno da Transbrasil poderia trazer mais concorrência 

De Curitiba

Mesmo os mais liberais, neos ou velhos, devem concordar que será um absurdo se o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) corroborar a compra da Webjet pela Gol.

Se ela for efetivada, duas companhias – a Gol, que já é dona da Varig, e a Tam, que detém também a Pantanal – terão, sozinhas, mais de 80% do mercado de transporte aéreo de passageiros.

Praticamente um duopólio, nocivo a um setor importante para o restante da economia.

Agora, a julgar pelo histórico de privilégios do Grupo Constantino, do qual faz parte a Gol, a tendência é o Cade não se opor ao negócio.

A Gol surgiu – e cresceu – no vácuo da Transbrasil.

Enquanto da histórica companhia, em seus últimos tempos, exigia-se com rigor o cumprimento de obrigações, a Gol, dez anos atrás, ia conseguindo sem muitas dificuldades o direito de explorar rotas, de ocupar espaços em aeroportos...

Desde que recentes decisões judiciais consideraram que a alegada dívida que culminou com a falência da Transbrasil – supostos débitos de 22,5 milhões dolares à General Eletric – era inexistente e que, além disso, a empresa aérea teria direito a uma indenização de 190 milhões de dólares, reacendeu-se a esperança de renascimento da tradicional companhia.

Seria uma boa.

Primeiro, pelo ressurgimento de um patrimônio imaterial, a marca Transbrasil.

Segundo, e principalmente, porque diluíria o mercado.

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