O comandante, com humildade, curvou-se ao talento de Hortência e Paula (foto: R7)
De Curitiba
Fidel Castro se rendeu.
Há 20 anos, em 11 de agosto de 1991.
Ginásio em Havana lotado, final do basquete feminino nos Jogos Panamericanos, entre Brasil e Cuba.
As brasileiras tinham eliminado a poderosa seleção dos Estados Unidos, que estavam invictas há 15 anos.
Encaravam, na decisão, o mais forte time da história do basquete cubano, diante de sua apaixonada torcida.
Sob os olhares de Fidel Castro.
Prevaleceu o talento de Hortência e Paula. Numa das maiores apresentações a que o mundo do basquete já assistiu, Hortência e Paula conduziram um time que ainda tinha a promissora Janeth e a ótima Marta Sobral, treinadas pela competente Maria Helena Cardoso, a uma vitória espetacular.
De encher os olhos. De lágrimas.
Fidel fazia aniversário dos dias depois - 65 anos de vida.
Nunca, em toda a vida, confessou ele, havia presenciado um fenômeno daqueles.
Ficou famosa a cena em que Fidel Castro brinca com Hortência e Paula, ao entregar a medalha de ouro às campeãs.
"Pra vocês? Não, pra vocês não tem medalha, vocês arrasaram com o nosso time", disse, mexendo com as duas.
O Pan de 1991 abriu caminho para uma sequência de conquistas nunca mais repetidas pelo basquete brasileiro - nem pelo time feminino, nem pelo time masculino.
Um dos maiores feitos do esporte nacional.
Pena os 20 anos dessa heróica conquista praticamente terem, com pontuais e valorosas exceções, passado em branco.
Essa história é história de filme.
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