De Curitiba
As "Mães de Maio" de São Paulo não estão a comemorar este Dia das Mães.
Estão a cobrar justiça, em ato que ocorre na tarde deste sábado, dia 12, na Praça da Paz Universal, Zona Noroeste de Santos, reunindo artistas e movimentos sociais.
Se as mães da Praça de Maio argentina sofrem com o desaparecimento de seus filhos durante a ditadura militar no país vizinho, as mães paulistas são vítimas de práticas bem semelhantes às de regimes ditatoriais.
Seus 493 filhos foram mortos por operações da Polícia Militar de São Paulo, realizadas entre os dias 12 e 20 de maio de 2006, supostamente em repressão a ações (rede de rebeliões, toques de recolher, incêndioss em ônibus, atentado contra batalhões, entre outras) promovidas pela facção criminosa Primeiro Comando da Capital, o PCC.
Pressionado pela opinião pública, o Governo do Estado de São Paulo, no afã de dar uma resposta, optou pelo caminho mais fácil e midiático - sair prendendo e arrebentando. Mas isso só nas periferias, e nestas o alvo preferencial eram jovens, negros e pobres - como sempre.
Alguns depoimentos das Mães de Maio e mais informações dessa história podem ser conferidos nesta reportagem da Revista Fórum: http://migre.me/93s6G
Inexplicável e inacreditavelmente, raramente o assunto é pauta na dita grande mídia.
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