Abraço em 20 de abril de 2006 (foto: Secs/PR) |
A terceira e última etapa da série retrospectiva da visita de Hugo Chávez a Curitiba resgata o post publicado na antiga versão deste blog, em 22 de abril de 2006, sobre o carinho ao comandante demonstrado pela cantora Beth Carvalho. A sambista participou do ato promovido pelos movimentos sociais, de boas-vindas ao presidente venezuelano, realizado no Teatro Guaíra, em 20 de abril. Bom, mais detalhes, no texto abaixo reproduzido:
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"A BETH ESTAVA LÁ
A agenda oficial dizia que Hugo Chávez desembarcaria em Curitiba às 7h50, iria do Aeroporto Afonso Pena direto para o Palácio Iguaçu, onde tomaria café da manhã com o governador Roberto Requião. Em seguida, assinaria acordos de cooperação técnica mútua, entre o Paraná e a Venezuela, e discursaria a empresários, secretários de Estado, e integrantes das comitivas paranaense e venezuelana. Por volta do meio-dia concederia entrevista coletiva, depois almoçaria com Requião e no máximo às 15 horas voltaria ao aeroporto para subir no Airbus 319 oficial da República Bolivariana da Venezuela e decolar.
Mas, sabendo da passagem histórica de Chávez por Curitiba, o povo não se contentaria em acompanhar à distância.
Assim, movimentos populares - MST, Via Campesina, estudantes - prepararam uma solenidade, um ato, para receber, ouvir, abraçar, ovacionar o líder da revolução que está alterando os rumos não apenas da América Latina, como modificando a ordem geopolítica mundial. Reuniram pelo menos 2 mil pessoas, foram ao Teatro Guaíra, e avisaram: contamos com a vinda do comandante.
Os horários estavam apertados - o avião venezuelano aterrissou quase às 10 horas. Todo o cronagrama atrasou, e muito. No entanto, Hugo Chávez não hesitou. "Se o povo chama, eu vou". Deixou de lado o oficialismo da agenda e, acompanhado de Requião, passava das 12 horas quando saiu do Palácio Iguaçu, após falar por 40 minutos e assinar uma dezena e meia de convênios e acordos, e rumou para a Praça Santos Andrade.
Ao subir o palco do Guaíra, o público foi ao delírio. Difícil na cinqüentenária história do teatro ter ocorrido tamanha euforia com a presença de um protagonista. Pois dessa forma aconteceu. Bandeiras agitadas, gente de pé, saudações, gritos de "viva Chávez" - viu-se e ouviu-se de tudo na entrada do presidente venezuelano, o astro daquela ocasião.
Estavam todos lá para anunciar, assinar o "Manifesto das Américas em Defesa da Natureza e da Diversidade Biológica e Cultural". Um documento, nas palavras de Hugo Chávez, "maravilloso". Firmes, contundentes posições de movimentos sociais na luta pela soberania das nações latino-americanas. Aliás, da nação latino-americana.
Mas, sabendo da passagem histórica de Chávez por Curitiba, o povo não se contentaria em acompanhar à distância.
Assim, movimentos populares - MST, Via Campesina, estudantes - prepararam uma solenidade, um ato, para receber, ouvir, abraçar, ovacionar o líder da revolução que está alterando os rumos não apenas da América Latina, como modificando a ordem geopolítica mundial. Reuniram pelo menos 2 mil pessoas, foram ao Teatro Guaíra, e avisaram: contamos com a vinda do comandante.
Os horários estavam apertados - o avião venezuelano aterrissou quase às 10 horas. Todo o cronagrama atrasou, e muito. No entanto, Hugo Chávez não hesitou. "Se o povo chama, eu vou". Deixou de lado o oficialismo da agenda e, acompanhado de Requião, passava das 12 horas quando saiu do Palácio Iguaçu, após falar por 40 minutos e assinar uma dezena e meia de convênios e acordos, e rumou para a Praça Santos Andrade.
Ao subir o palco do Guaíra, o público foi ao delírio. Difícil na cinqüentenária história do teatro ter ocorrido tamanha euforia com a presença de um protagonista. Pois dessa forma aconteceu. Bandeiras agitadas, gente de pé, saudações, gritos de "viva Chávez" - viu-se e ouviu-se de tudo na entrada do presidente venezuelano, o astro daquela ocasião.
Estavam todos lá para anunciar, assinar o "Manifesto das Américas em Defesa da Natureza e da Diversidade Biológica e Cultural". Um documento, nas palavras de Hugo Chávez, "maravilloso". Firmes, contundentes posições de movimentos sociais na luta pela soberania das nações latino-americanas. Aliás, da nação latino-americana.
A América Latina, frisa o comandante, é uma pátria só. Venezuelanos têm a Venezuela como o coração da pátria; tal como brasileiros têm o Brasil, argentinos a Argentina, mexicanos o México, nicaraguenses a Nicarágua, cubanos, Cuba. Todavia, ela - a pátria - é única, "nas densas florestas de cultura, do 'sombrero' ao chimarrão", como bem diz o samba enredo da Vila Isabel, somos todos compatriotas.
Entre os signatários do manifesto (João Pedro Stédile, bispo Dom Ladislau) uma senhora baixinha, de cabelos ruivos, quase vermelhos, leve vestimenta florida no corpo, sorridente, com muito pique e sentimento pelo Brasil e apego as questões nacionais, estava lá para dar sua contribuição. Sambista, compositora, brizolista, Beth Carvalho cantou o belo hino do movimento campesino, leu com o bispo o documento na íntegra, e abraçou fortamente o companheiro. Defendeu o MST, não se conteve em rasgar elogios ao presidente venezuelano.
- O MST é um dos movimentos sociais brasileiros mais importantes, se não o único, e merece todo o respeito. E, um dia, quero ter orgulho e paixão por um presidente brasileiro da mesma forma como tenho orgulho e paixão por Hugo Chávez, esse grande líder latino-americano - declarou Beth Carvalho a jornalistas, logo depois que o evento se encerrou.
Entre os signatários do manifesto (João Pedro Stédile, bispo Dom Ladislau) uma senhora baixinha, de cabelos ruivos, quase vermelhos, leve vestimenta florida no corpo, sorridente, com muito pique e sentimento pelo Brasil e apego as questões nacionais, estava lá para dar sua contribuição. Sambista, compositora, brizolista, Beth Carvalho cantou o belo hino do movimento campesino, leu com o bispo o documento na íntegra, e abraçou fortamente o companheiro. Defendeu o MST, não se conteve em rasgar elogios ao presidente venezuelano.
- O MST é um dos movimentos sociais brasileiros mais importantes, se não o único, e merece todo o respeito. E, um dia, quero ter orgulho e paixão por um presidente brasileiro da mesma forma como tenho orgulho e paixão por Hugo Chávez, esse grande líder latino-americano - declarou Beth Carvalho a jornalistas, logo depois que o evento se encerrou.
(Neste link, o post na versão original)
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Confira os dois outros posts desta retrospectiva:
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