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quarta-feira, 24 de abril de 2013

É bom saber mais sobre software livre

Fórum instala e explica funcionamento de programas
 De Curitiba

Ocorre no próximo sábado, dia 27, em mais de 90 cidades do Brasil - entre elas Curitiba, Santos e Aracaju, onde está a maior parte do público leitor deste blog - a edição 2013 do Festival Latino-Americano de Software Livre.

Você pode ir até o local de realização do festival com seu computador de mesa, com seu notebook ou netbook e instalar, de graça, um sistema operacional que vem com navegador de internet, editor de texto, de planilhas, de desenho, programas de edição de fotografias, de vídeo, de áudio, entre tantos outros.

Isso mesmo, de graça, sem pagar nada, e sem piratear nada também.

Além de instalar, você poderá tirar dúvidas sobre o que é o software livre e como operar seus programas, que são uma espécie de genéricos aos programas comerciais, pagos.

Você vai ver que eles têm os mesmos recursos, são tão avançados quanto os photoshops e vegas da vida. Claro, têm outros comandos, outras formas de operação, diferentes daquelas em que você tenha se alfabetizado em informática.

Mas são apenas diferentes, não inferiores.

Esta é uma das grandes resistências que o software livre encontra: por ser "de graça", "genérico", a imagem que as pessoas têm é a de que seus recursos são inferiores, menores, menos evoluídos que os do Windows, Apple e de outras marcas famosas.

Não são, são apenas diferentes.

E com uma vantagem, aliás, baita vantagem: a filosofia, a razão de ser do software livre.

Você sabe que quem não domina informática cada vez mais fica alheio no trabalho, nos estudos, nas relações sociais...

Dominar, no entanto, não significa apenas saber operar. Dominar significa ter o domínio da tecnologia, ter a possibilidade de interferir, de criar, de fazer evoluir essa tecnologia.

Os programas de Windowns, Apple e outras marcas são "fechados". Isso significa o seguinte: por mais que você entenda de informática, saiba manipular programas, não vai conseguir fazer nada além daquilo na forma em que o programa foi construído, para que ele foi feito.

Um programa de software livre é em código aberto, ou seja, sua adaptação, sua alteração, seu aprimoramento, como o nome diz, é "livre" pelo usuário. Você pode alterar o editor de fotos, de vídeo ou de áudio às suas necessidades, pode distribuir à vontade, que você não vai estar pirateando. Você vai estar é contribuindo pra democratizar o acesso à informática.

Só que o jogo contra o software livre é pesado porque, claro, sua popularização significa prejuízos aos interesses financeiros multinacionais das Microsofts e Apples da vida.

Faz parte desse jogo omitir da sociedade as vantagens dos programas em código aberto e faz parte também sustentar essa imagem de que software livre é inferior, mais atrasado - "genérico" no sentido de imitação, de quebra galho. Faz parte fazer crer que quem usa software livre está menos alfabetizado em informática, é menos informatizado.

Não é.

Só não tem grife, mas não é inferior.

Ter em mãos o software livre, dominar o software livre, é garantir a soberania no domínio daquilo que é essencial hoje no mundo do trabalho, nos estudos, no entretenimento, na informação, nas relações sociais: as ferramentas de informática.

O Brasil, pelo governo federal, tem avançado bastante no uso e no incentivo ao software livre.

O Paraná, no governo Roberto Requião, tomou esse caminho e o estado se tornou referência, modelo a ser seguido. Ultimamente, no governo do PSDB, tem regredido - o governador Beto Richa recentemente assinou contrato com a Microsoft. Em São Paulo, como o PSDB governa há 18 anos, o software livre nunca encontrou espaço. Em Sergipe, não sei como está hoje, mas há alguns anos, quando Marcelo Déda, mesmo sendo do PT, era prefeito, estive numa dessas lan houses públicas na orla e, infelizmente, as máquinas eram equipadas com Windows.

Bom, mais sobre o festival (em Santos, no Sesc Aparecida; em Curitiba, na Fesp, e em Aracaju, na Fanese), aqui. E sobre software livre, aqui.

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