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sábado, 13 de abril de 2013

Si yo fuera Maradona...Faria como ele

O camisa 10 participou de atos da campanha de Maduro (Foto: AVN)
De Curitiba

Maradona entrou em campo para dar sua contribuição em prol da Revolução Bolivariana na Venezuela, cuja continuidade será decidida neste domingo, dia 14, quando os venezuelanos vão às urnas para escolher o sucessor de Hugo Chávez, morto em 5 de março.

Segundo as pesquisas eleitorais, dos mais variados institutos, a sequência da revolução não está ameaçada. O candidato da situação, Nicolas Maduro, lidera em todas elas, com margem de 10 a 15 pontos percentuais.

Além do respaldo dos eleitores de seu país, Maduro tem o apoio da esquerda latino-americana – de lideranças políticas a artistas (entre eles, o craque argentino).

Acompanhei o processo eleitoral mais pelos meus seguidos-seguidores (chavistas, evidente) no twitter do que pela imprensa.

O relato é de que o candidato da oposição, Henrique Capriles, sabedor do legado de Hugo Chávez, forjou, de forma oportunista e tal qual um camaleão, uma mudança de cor. Tentou disfarçar suas umbilicais ligações com a direita venezuelana golpista e submissa aos Estados Unidos assumindo, por ora, um discurso de continuidade – em discursos, Capriles chegou a invocar Simón Bolívar.

Mas, extraordinariamente politizados, os venezuelanos não se embalaram nesse canto da sereia. De forma nenhuma chegaram a crer que Capriles poderia representar a continuidade das políticas populares e nacionalistas de Chávez. É o que indicam as pesquisas, é o que mostra a marea roja que inundou as ruas militando por Maduro.

Gustavo Dal Bo, conterrâneo de Maradona e radicado na Venezuela, onde mantém, com a mulher venezuelana, um hostel na capital, ilustra a diferença de apoio popular às duas candidaturas.

- Em Caracas, nos comícios de Maduro o povo encheu sete avenidas. No de Capriles, apenas duas quadras e meia de uma única avenida.

Além disso, as manifestações da raivosa direita, berço de Capriles, não deixam dúvidas do lado ao qual pertence o pseudoneobolivariano. “Viva o câncer”, pichação feita pelos partidários do candidato conservador, foi uma das expressões utilizadas pela direita no processo. A discriminação social - a competência de Maduro foi questionada por ele ter sido motorista de ônibus (qualquer semelhança com uma aversão a um ex-torneiro mecânico deve ser mera coincidência!) - também demarcou a trajetória dos opositores.

Acompanhe o que conta a estudante María Alejandra Sánchez:

- A campanha da direita está mais suja do que nunca. Fazem-se passar por 'revolucionários e bolivarianos', copiaram os símbolos da revolução, insultaram o povo, dizem que vão 'nacionalizar' os cubanos [profissionais que integram as missões de saúde criadas por Chávez]. Cada vez ofendem mais. Tanto que grupos que apoiavam [Capriles] até retiraram esse apoio. Estamos alertas, porque eles [da direita] têm sérias intenções de não reconhecer os resultados.

Não há um tiquinho de razão para não reconhecer as eleições venezuelanas. A constatação é do ex-presidente dos Estados Unidos, Jimmy Carter (leia aqui), que coordena um grupo que acompanha pleitos eleitorais mundo afora - entre eles, o monitoramento minucioso das votações na Venezuela durante a era Chávez.

Por essas e tantas mais, parafraseio a canção de Manu Chao: si yo fuera Maradona, lo haría como el (assista a videoclipe aqui).

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