Pôr-do-Sol visto a partir da Praia do Embaré (foto: WAA) |
De Santos
Sobretudo lá na capital do Paraná, me apelidam de embaixador santista, pelo hábito de difundir patrioticamente as coisas da terra.
Pois há pouco coloquei em prática essa fama, ao fazer as vezes de guia turístico a um trio de Curitiba, que aproveita as férias de virada de ano para percorrer a rodovia Rio-Santos de ponta a ponta, a começar, assim, por aqui.
E em oportunidades como esta, a gente se dá conta como as passagens aparentemente mais triviais são, ao olhar estrangeiro, as mais pitorescas.
Claro que os sete quilômetros de jardim a beira-mar, o bonde do Centro Histórico, o estádio do Peixe em Vila Belmiro, o agito do Gonzaga estão, inevitavelmente, entre as principais atrações para quem visita Santos.
Todavia são detalhes como o cinema, a gibiteca e a biblioteca nos postos de salvamento da praia; os quiosques da orla e seus generosos lanches; os prédios inclinados do Embaré e da Aparecida; as avenidas dos canais que cortam a ilha de ponta a ponta; ou o simples hábito de chamar pão francês de "média" ("me vê quatro médias", se ouve dos santistas no balcão das padarias) que chamam a atenção de um jeito diferente, curioso.
Acertei em me enveredar pelo jornalismo e pelo magistério; quando criança, perguntado sobre o que pensava "ser quando crescer", respondia querer ser motorista de ônibus. Mas essa de embaixador-guia turístico tem servido legal também.
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