De Curitiba
A edição deste final de semana do jornal Brasil de Fato traz um editorial primoroso.
Que deve ser lido por quem está indeciso neste segundo turno de eleições presidenciais e, principalmente, deve ser lido por quem está pensando em anular o voto ou aproveitar o feriadão para viajar e se abster de votar.
"A história não tem rascunho" é o título do texto.
Ou seja, fez, tá feito; deixou de fazer, deixado está - não há como, ao se arrepender, passar a borracha e refazer.
Não dá, portanto, para entoar essa cantinela de que é tudo igual.
Não é.
Pode não ser o ideal, o dos sonhos, mas tudo igual, não é.
Entrar nessa é fazer o jogo dos que querem enfraquecer a luta ou pelo menos o desejo pela construção de uma nação mais justa.
É preciso saber identificar quem vai na contramão dessa construção.
Quem tem mais a contribuir, quem tem mais a prejudicar.
Ora, com um mínimo de sensibilidade social, com conhecimento razoável da história recente do país e bebendo das fontes alternativas de informação é possível detectar as diferenças entre as candidaturas postas.
Podem não ser diferenças colossais; são, entretanto, marcantes e fundamentais.
De um lado, a candidatura da Dilma que é o voto pela continuidade do processo de desenvolvimento com inclusão social. Nunca na nossa história - não é retórica, são os números que nos apontam, os fatos que nos evidenciam - o Brasil aliou crescimento da economia com a inserção de irmãos e irmãs na cidadania a níveis como os de hoje.
Do outro lado, está a candidatura que encara os movimentos sociais como caso de polícia, que enfraquece o Estado para terceirizar ao mercado suas funções. Só que o mercado, você sabe, tem como o fim o lucro, e não o bem-estar social, ambiental.
Uma é a candidatura do presente pavimentando o futuro. A outra é a do passado destruindo o presente.
Não enxergar essa distinção básica, incorporar o discurso de tanto faz um como outro, e desperdiçar o voto ou abrir mão de comparecer as urnas é não só colocar em risco a sequência de um percurso que, apesar dos obstáculos e de atalhos nem sempre dos mais apropriados, é o norte certo. É, sobretudo, esvaziar o esforço para que esse caminho seja percorrido de forma mais acelerada, com menos desvios.
Confere lá o editorial:
boa!
ResponderExcluirmuito boa. no conteúdo e na forma.
e temos que parar com essa cantilena de que o estado não pode fazer tanto e tão bem como o privado.
é claro que podemos, apesar da nossa conformação político-partidário-eleitoral-democrática.
o que não dá mais é privatizar e terceirizar funções e negócios públicos, como um mantra.
nem o mercado é sinônimo de eficiência, nem o estado de incompetência.
basta ver, v. g., os serviços de telefonia de merda que temos.
basta ver, v.g., o que faremos com o pré-sal, cujos lucros serão apropriados e revertidos para nós, a sociedade.
enfim, só os lucros estatais são capazes de promover o bem-estar social e ambiental.
a tal da responsabilidade social e ambiental das empresas é pura balela, pra inglês ver!
legalize já, (re)estatize-se já!
abraço rubro-negro,
rg
q foto bonita. de onde é? :)
ResponderExcluirA foto é do site da Dilma (www.dilma13.com.br), em algum evento na BA, acho, já que aparece o meu xará governador de lá!
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