Esta semana lideranças de várias partes do país participaram, em Santos, do Fórum Nacional das Cidades Históricas (na foto, um dos passeios turísticos da cidade, de bonde).
Ao menos pelo que foi divulgado, não se tratou, nesse encontro, de um ponto importante para ser levado em conta na preservação da nossa memória.
É a necessidade de se colocar freios na especulação, na sanha imobiliária.
O Brasil vem registrando crescimento econômico como há décadas não se via, e a construção civil é o maior termômetro dessa fase.
O que é bom, afinal a construção civil é o setor que mais gera empregos.
Mas a gente não pode se tornar refém do apetite das construtoras.
Do dia para noite, chalés, casas e casarões vêm ao chão para dar lugar a arranha-céus.
Está sendo aqui em Curitiba.
Está sendo assim na própria Santos, sede do tal fórum.
Foi amedrontador passar dia desses na Euclides da Cunha, na Pompéia, e ver que o prédio da Faculdade de Comunicação Social, a Facos, da Universidade Católica de Santos, não existe mais.
O terreno, já sendo mexido, está rodeado de tapumes e enfeitado com bandeirolas e outdoors de propaganda de megaluxuoso condomínio, privado, a ser erguido ali.
Ora, mais do que discutir formas de se recuperar o passado, é hora de se preservar o presente.
Cuidar do presente para, no futuro, garantir o passado preservado.
Não é ser contra o "progréissio", de que "sempre escuito falá".
Mas em nome do progresso a gente não pode sepultar nossa cultura imaterial.
Até porque o verdadeiro progresso, você sabe, não se mede pela quantidade e qualidade de "edifícios artos".
Até porque o verdadeiro progresso, você sabe, não se mede pela quantidade e qualidade de "edifícios artos".
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