Nestes dias de calor, sistema de ônibus é desumano (foto: WAA) |
De Santos
O governador Geraldo Alckmin poderá ser o candidato do PSDB à presidência da República em 2014 e certamente na campanha virá com o discurso da importância do investimento em transporte público e lugares-comuns semelhantes.
Pois saibam vocês, desde já, que será pura demagogia, como se vê pela praxis tucana.
Aqui na Baixada Santista, a 15ª maior região metropolitana do Brasil em população, a gestão Alckmin ou é incompetente ou age de má-fé ou é subserviente aos interesses privados, ou tudo junto e misturado ao mesmo tempo.
Porque é inadmissível que os 1,7 milhão de habitantes da Baixada sejam servidos por um transporte metropolitano obsoleto, lento, desconfortável e caro, gerenciado pelo governo estadual, por meio de sua Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos (EMTU).
(Lembremo-nos: desde 1995, o PSDB "governa" São Paulo. Alckmin, desde 2001)
Bilhete único por aqui, até agora nada. Os itinerários das linhas são irracionais. Os ônibus, quase todos da Viação Piracicabana (do Grupo Constantino, controlador da Penha e Gol Linhas Aéreas, entre outras diversas empresas de transporte urbano no país), são chassis de caminhão encarroçados. Há mais de dez anos os cobradores foram retirados dos coletivos e os motoristas fazem dupla função (uma lei estadual chegou a ser aprovada pela Assembleia Legislativa mas, contando com a omissão do governo estadual, as empreas de ônibus conseguiram impedir a vigência do texto legal), o que retarda as viagens.
Um caos.
Nestes dias de temperaturas a 40 graus então, esse sistema de ônibus, que já é indigno, torna-se desumano.
É só tomar uma das linhas que ligam Santos a São Vicente, a Praia Grande ou a Cubatão pra conferir.
Desde 1995, os tucanos anunciam para a Baixada a implantação de uma rede de veículos leves sobre trilhos, o tal VLT. Semana passada Alckmin esteve em Santos requentando a promessa.
Nem implantam o VLT nem modernizam o sistema de ônibus.
Reiterando: incompetência, má-fé ou subserviência ao poder econômico?
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