De Curitiba
Tudo bem que a data existe mais para aquecer as vendas do comércio e a produção da indústria do que propriamente para celebrar as relações sentimentais, mas sendo inevitável escapar dos apelos da propaganda e de outras estratégias mais, aproveito o mote do Dia dos Namorados para lhes trazer como dica de leitura uma coletânea de apaixonadas trocas de correspondências entre duas figuras heróicas da América Latina.
Quem sabe as correspondências desse casal lhes inspirem para os sms, tuitadas ou mensagens de facebook a serem destinadas ao seu par neste 12 de junho.
A coletânea está em "Cartas de Amor entre Bolívar y Manuelita", livro que reproduz o teor de dezenas de correspondências entre o libertador da América, Simon Bolívar, e sua amante e não menos decisiva para os destinos deste continente, Manuela Saenz, a Manuelita.
O livro reúne correspondências trocadas entre os dois por oito anos, de 1822 a 1830. Você vai ver que mesmo uma relação ocorrida há 200 anos, e envolvendo uma das maiores lideranças político-intelectuais do continente, não é diferente da trajetória de um namoro dos dias de hoje.
O encantamento do começo, a paixão do início, as juras na sequência, os ciúmes, as cobranças, o clamor por atenção, as dúvidas absolutamente sem motivo, as reconciliações depois das brigas, a amizade e a lealdade que se solidificam, tudo isso, que faz parte de um relacionamento entre um homem e uma mulher deste século XXI, é identificado também nesse caso de amor de dois séculos atrás.
Mas, claro, o livro não serve só pra gente viajar nas declarações de amor eterno entre dois enamorados. É, principalmente, um instrumento para conhecer melhor o processo de independência dos países da América Latina, sobretudo da Venezuela, Colômbia, Equador, Peru e Bolívia.
Grande parte das correspondências trocadas se deu quando Bolívar seguiu rumo às nações andinas para liderar a luta pela independência dos países da região. Ao atualizar Manuelita de onde está e o que está a fazer, pensar e planejar, Bolívar aborda as batalhas enfrentadas contra os espanhóis e contra as elites locais, em busca seu grande sonho e amor, o da Pátria Grande
Grande parte das correspondências trocadas se deu quando Bolívar seguiu rumo às nações andinas para liderar a luta pela independência dos países da região. Ao atualizar Manuelita de onde está e o que está a fazer, pensar e planejar, Bolívar aborda as batalhas enfrentadas contra os espanhóis e contra as elites locais, em busca seu grande sonho e amor, o da Pátria Grande
De uma história de amor, a história da América.
Clicando aqui, você pode baixar o livro.
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