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quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Sobre a Marina Silva de quem me perguntam

Botava mais fé na Marina do Lula do que na do "Dudu"
De Curitiba
 
Por estes dias me andam a perguntar “o que acho” da Marina Silva.

Tem uma biografia exemplar, digna de consideração, respeito, admiração.

Mas está se perdendo, e rasurando sua biografia.

Desde pelo menos 2010, mudou-se para o campo da neodireita.

Tem pose e forma novas, porém o recheio é velho.

Deixou de combater o capital financeiro, o grande sanguessuga dos nossos recursos. Mais que isso, aliou-se-lhe. Não assume (o que é pior); esquiva-se com blá-blá-blá.

Não fala uma palavra, não escreve uma linha defendendo a reforma agrária, como antes. Sai pela tangente com essa de “produção e manejo sustentável”. Mais blá-blá-blá.

Democratização da mídia, taxação das grandes fortunas, fortalecimento do Estado, essas bandeiras da esquerda do passado de Marina também foram pro baú e substituídas por estandartes tucanados neolacerdinhas, como diria o Juremir Machado.

Enfim, um blá-blá-blá nem de esquerda, nem direita, nem de centro - e vice-versa, muito pelo contrário - o qual, óbvio, não me convence.

No "socialista neoliberal"  Eduardo Campos, encontrou o par ideal.

Uma pena.

Seria muito bom se pudéssemos contar com Marina Silva, da biografia exemplar, como uma alternativa mais à esquerda.

Neste texto, de 2010, falo da decepção que começava a surgir à época, com a "neutralidade" da então candidata do PV.

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