O Itaú de Luciano Huck, enchendo os cofres às nossas custas |
Os três maiores bancos privados do Brasil lucraram R$ 8,3 bilhões no primeiro trimestre deste ano. Dessa Bolsa Família Setúbal-Trabuco/Aguiar-Botín ninguém fala.
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Postado de Curitiba
Crise, né?
Os três maiores bancos privados do Brasil lucraram, juntos, R$ 8,3 bilhões no primeiro trimestre deste ano.
Trata-se de lucro líquido, ou seja, é dinheiro que sobrou mesmo, depois de tudo quanto é desconto, imposto.
R$ 8,3 bilhões!
Só com o que sobrou, em apenas três meses, no bolso das famílias Setúbal (Itaú), Trabuco/Aguiar (Bradesco) e Botín (Santander), praticamente se paga tudo o quanto o Brasil investiu pra realizar a Copa do Mundo.
Sabe por que essa gente tá enchendo os cofres de dinheiro? Não é só por "mérito", "competência", "perserverança", "foco", "liderança" e todos esses atributos creditados a "empreendedores de sucesso".
Essa gente é contemplada por uma política macroeconômica que sacrifica o setor produtivo em nome da "estabilidade", "responsabilidade fiscal".
Política macroeconômica herdada do governo neoliberal de Fernando Henrique Cardoso que Lula e Dilma até amenizaram (com políticas de inclusão social e investimentos em obras públicas), mas não conseguiram extirpar.
Às vésperas do Dia do Trabalho, a presidenta Dilma foi à televisão anunciar a correção da tabela do Imposto de Renda e o reajuste do Bolsa Família.
No dia seguinte, a grande mídia se esmerou em calcular quanto as medidas "impactariam" nas "contas públicas".
Dessa Bolsa Família Setúbal-Trabuco-Botín, a mídia tradicional, porém, não fala, não faz contas, não relaciona o quanto o ganho de um lado significa perdas de outro. Pelo contrário, qualquer tentativa de mexer com essa bolsa - (a bolsa banqueiro, como definiu Plínio de Arruda Sampaio) - é motivo para a midiona atacar.
Confira o lucro de cada um dos três maiores bancos privados do país. Os dados foram divulgados pelas próprias instituições:
- Itaú: R$ 4,4 bilhões
- Bradesco: R$ 3,4 bilhões
- Santander: R$ 518,5 milhões
O pior é que não se vislumbra, a um curto prazo, um freio nessa submissão ao mercado financeiro.
Dos três postulantes à Presidência da República, temos i) Aécio Neves, do grupo que governou o país de 1995 a 2002, pai dessa política monetarista que chupa nossas riquezas; ii) Eduardo Campos, aliado à Marina Silva e sua "Rede", que tem a herdeira do Itaú, Maria Alice Setúbal, como apoiadora de peso (O Globo chamou a filha do banqueiro de "A fada madrinha de Marina Silva"); iii) Dilma, que até ousou mudar a ordem das coisas no primeiro ano e meio de mandato, mas, sob o argumento de manter a governabilidade, recuou.
O governo de Dilma, é bom que se diga, ao menos mantém o desenvolvimentismo e as políticas de inclusão que o Lula implantou.
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