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quinta-feira, 24 de julho de 2014

A evolução do Índice de Desenvolvimento Humano no Brasil

Indicadores em saúde e educação melhoram
O caminho rumo ao fim das desigualdades e à garantia dos direitos básicos é longo, mas tem sido percorrido - e com um pouco mais de celeridade nos últimos anos
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Postado de Curitiba
Foto: WAA

O Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) divulgou nesta quinta-feira, dia 24, o Relatório de Desenvolvimento Humano 2014. O ministro da Educação, Henrique Paim, a ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, e o ministro da Saúde, Arthur Chioro, analisaram em conjunto o relatório.

Com IDH de 0,744, o Brasil melhorou uma posição em relação a 2012 no ranking de países, aparecendo agora em 79º entre os 187 países e territórios reconhecidos pela ONU.

Este IDH é superior ao IDH médio da América Latina e do Caribe (0,740) e ao IDH calculado para os países de Alto Desenvolvimento Humano (0,735), grupo do qual o Brasil faz parte. Os valores e rankings do IDH são calculados utilizando dados internacionalmente comparáveis para saúde, educação e renda.

O estudo detalhado pelos ministros mostra resultados importantes como a desaceleração geral no crescimento pelo mundo, ligeira diminuição na desigualdade global e melhorias nos indicadores de saúde.

Ao analisar a situação brasileira no relatório, a ministra Tereza Campello ressaltou que o País foi um dos que teve mais destaque nos indicadores, principalmente em ações de combate à desigualdade.

“É um dos países com mais pontos positivos. Não há nenhuma referência negativa ao Brasil. Somos citados como exemplo com ações de combate à pobreza, políticas de valorização do salário mínimo e aumento da taxa de emprego”, citou.

O Índice de Desenvolvimento Humano brasileiro ficou em 0,744 em 2013. Ao apresentar os dados que compões o ranking, a ministra destacou a importância em se ter um estudo como esse, mas acrescentou alguns indicadores atuais usados em órgãos internacionais que fazem com que o índice brasileiro aumente.

“O IDH cresce de forma consistente e permanente ao longo do período. É importante reconhecer que o relatório faz elogios ao Brasil, mostra que vem melhorando, mas gostaríamos de mostrar que se usássemos dados atualizados e outra metodologia reconhecida internacionalmente estaríamos melhor. Com os dados atualizados, ficaríamos em 67º lugar no ranking. Mais do que a posição seria importante registrar o avanço real do Brasil no mesmo índice para 0,764. Isso ilustra que estamos evoluindo”, afirmou.

A ministra também pediu atenção para quem for analisar o relatório para a parte qualitativa do estudo. “O relatório qualitativo mostra os avanços do Brasil no indicador de renda. Esse é o que mais concorre para mostrar a desigualdade e é onde mais melhoramos nesse sentido”, avaliou.

Mais pessoas nas escolas
 
O ministro Henrique Paim destacou o aumento no processo de inclusão de pessoas que estudam no Brasil. “O que ocorreu foi uma grande evolução. Há um esforço no sentido de inclusão e frequência escolar. O Brasil avançou bastante considerando essas informações. Estamos à frente em expectativa de estudo de países como o Chile, que é usado como exemplo por várias pessoas”, afirmou.

Paim apresentou indicadores que justificam o aumento na inclusão e mostram o desenvolvimento do País na redução do analfabetismo. “Temos dados mostrando que o Brasil saiu de um patamar baixo em 1980 com 2,6 anos de estudo (por pessoa), com grande parte da população de analfabetos, e hoje estamos com 7,2 anos de estudo, segundo o Pnud. Usando dados atualizados já temos 7,6 anos”, avaliou, deixando claro que o Brasil precisa melhorar nos números, mas ressaltando a evolução ao longo do tempo.

Expectativa de vida

O ministro da Saúde, Arthur Chioro, também comentou sobre o indicador de expectativa de vida. Ele destacou o que considera ganhos essenciais para os brasileiros. “Diminuímos consideravelmente a mortalidade infantil. Temos reduções importante em doenças crônicas não transmissíveis como na de aparelhos cardiovascular, em cânceres e doenças respiratórias. Também notamos um declínio nos homicídios e acidentes de trânsito”, ressaltou.

O ministro falou sobre outros índices que colaboram para o aumento na expectativa de vida. “Tivemos uma importante diminuição da nutrição aguda e a desnutrição crônica. São elementos importantes que compõem esse resultado na expectativa de vida”, disse.

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