E agora, quem pra comandar a seleção?

Na real, trocar de técnico é pouco. Mudança tinha de ser mais radical

Muricy Ramalho, Alexandre Gallo, Tite ou um treinador estrangeiro? O pior é que nenhuma das opções empolga

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Postado de Curitiba

Na verdade, a mudança de que o futebol carece não é só a de técnico.

A de técnico seria consequência de outras mudanças, mais profundas, radicais.

Estas, não há otimista que consiga vislumbrar.

Então falemos por enquanto do que está mais ao alcance.

A mudança de treinador.

A priori, não me agrada a escolha por algum nome estrangeiro.

A única vantagem que vejo numa escolha assim é que talvez um nome estrangeiro tivesse mais coragem pra acabar com algumas folias - como a ingerência da Globo nas atividades da seleção.

Talvez um nome estrangeiro possa por fim a essa brincadeira de Luciano Huck, em plena concentração para a Copa do Mundo, interromper treino pra gravar quadro pra programa de auditório.

Dos técnicos brasileiros selecionáveis, acho que só Muricy Ramalho tem condições para isso - tanto porque tem esse perfil, de blindar o grupo de bobajadas, como tem competência acumulada para bancar comprar brigas assim.

Dunga tentou agir dessa forma em 2010, mas, como era inexperiente como técnico de futebol, tinha essa fragilidade a torná-lo instável no cargo.

Não será surpresa se Alexandre Gallo for escolhido. Tem relativa experiência como técnico e, atualmente, cuida das categorias de base. E, estamos ouvindo, a necessidade de se voltar para as categorias de base tem sido consenso nos discursos.

Além do que, o Brasil tem o desafio de lutar pelo inédito ouro olímpico, a ser disputado em casa.

(Aliás, estão falando só em mirar a Copa do Mundo na Rússia, mas o alvo tem de ser a Olimpíada do Rio de Janeiro, em 2016)

Voltando às opções para técnicos, outro cotado é Tite. Por ter montado um forte time no Corinthians, em 2012, inquestionável sua competência. Não é, todavia, de um estilo Tite que a seleção carece.

O pior é isto: nenhuma dessas opções empolga, né não?