Ação gera reação. A vacina contra a desinformação é a informação. A vacina anti-ignorância é a paciência. O antídoto anti má-fé é a sapiência.
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Postado de Curitiba
Vivemos tempos de raiva. As pessoas nas ruas, nos bares, em casa, perderam muito a capacidade de argumentação e estão partindo para a ofensiva, da pior maneira. Então, quando você estiver na sua vida tranquila e alguém partir para virulência, não se rebaixe ao mesmo tom, mantenha a calma e siga as dicas do nosso guia.
Tem horas que o pessoal perde a cabeça e acaba caindo nos xingamentos e palavrões, acompanhados de gestos obscenos, só por não concordar com seus pontos de vista. Não é o caso de você achar simpático, nem mesmo perdoar a pessoa. Mas, usar a mesma ignorância na resposta não vai contribuir. O melhor, no caso, é você manter a calma e chamar a pessoa para conversar: 'olha, eu não vou argumentar sobre para onde você está me mandando, mas se você quiser conversar sobre algo sério, estou por aqui, tá?'
Quando usarem argumentos desconexos para falar sobre algo que você conhece e sabe que a pessoa está equivocada, não precisa desqualificar a pessoa. Você pode, com tranquilidade, expor os dados que você conhece. Informar a pessoa. Alguns fazem isso até sem querer, só por não terem sido bem informados mesmo. A gente sabe que vive tempos em que os meios de comunicação tradicionais pouco informam, por mais contraditório que pareça. Então, faça você esse bom papel.
Não se deixe confundir. Tem gente que acha que tem o direito de desqualificar os outros e agir com preconceito. Então, se em uma situação dessas alguém fala “não é porque você tem dinheiro ou é branco que pode falar o que quer”, a pessoa confunde tudo e diz que você está sendo preconceituoso, impedindo a voz da elite de se manifestar. Tente, calmamente, explicar que sim, a elite pode se manifestar, como todos os cidadãos, mas não pode violar as leis, nem mesmo a do bom senso, para isso.
A pessoa dá uma opinião e simplesmente não aceita ouvir opinião contrária. Ela acha que se você não pensa como ela, é um “ditador”, porque afinal ela tem o direito de ter a opinião dela e você tem que concordar. Sim, nós entendemos que, no caso, quem está tendo uma atitude ditatorial não é você. Mas não adianta argumentar de volta, falando: "ditador é você". Pessoas assim sofrem de falta de autocrítica. Você pode pegar algum outro assunto, de preferência, banal e usar como exemplo da possibilidade das pessoas terem visões diferentes do mundo: "você gosta de melancia, mas eu prefiro laranja. Isso não faz com que você ou eu estejamos errados. Mas eu só gostaria de poder dizer que gosto de algo que você não gosta."
Às vezes as pessoas expõem as ideias mais preconceituosas e atrasadas mesmo sem conhecer você direito, partindo do princípio que todos concordam com aquilo. Você pode, calmamente, dizer apenas que não pensa da mesma forma e colocar o seu ponto de vista, de preferência, com argumentos sólidos e dados informativos, porque essa pessoa pode estar pensando de tal maneira por falta de conhecimento da realidade.
Quando alguém parte para acusações pessoais em discussões sobre a situação social e econômica do país, você pode mostrar que não é produtivo discutir a vida das pessoas que estão á frente da política do país, seus hábitos e suas relações familiares. Para falar da situação do país, devem ser analisadas as ideias, as propostas, as realizações das pessoas e seus projetos profissionais.
Quando a pessoa fala algo que é muito facilmente contestado e você, ou alguém que pensa como você, contra argumenta e encerra o assunto, não precisa tripudiar. A resposta bem dada já encerra o assunto.
Humilhar o outro publicamente, apontando o dedo no estilo “olha que idiota”, só faz você se afastar da dignidade que mantém os coerentes acima dos incoerentes.
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