Diz o improvisado cartaz: "Porta fechada por causa do vento" (foto: WAA) |
De Curitiba
Depois de nove dias longe, volto a Curitiba, que volta a ser gelada como n'outros tempos.
Nunca antes, desde o ano em que desembarquei aqui para morar (2000), tinha vivenciado tanto frio nesta cidade.
(E olha que 13 anos atrás o inverno fora rigoroso pra caramba.)
Não cheguei a contemplar a neve nem a chuva gelada, porque no remoto horário da manhã em que caíram hoje, estava eu a dormir pra descansar da viagem da madrugada e aproveitar o último dia de folga antes do retorno à labuta.
Só tive coragem de sair à rua depois do meio-dia, quando o sol se esforçava para comparecer. Mas os raios solares - que até foram se intensificando no decorrer da tarde - eram insuficientes para vencer a massa polar que deixou a temperatura em no máximo 5 graus.
Em caminhada pela Rua XV me deparei com o aviso no bondinho (que, como este blogueiro, também é santista; confira aqui), registrado na fotografia acima, precariamente obtida:
- "Aberto! Porta encostada por causa do evento. Obrigada"
Realmente, é pra se trancar; pra se hibernar.
Minha capacidade de raciocínio não alcança: como alguém pode gostar de frio? Como alguém pode se deliciar com essa gelaca?
"Veio morar em Curitiba, agora agüenta", pode determinar alguém. "Se não suporta, o que está fazendo aqui?" é outro questionamento possível, passível de ser complementado: "Em vez de ficar reclamando, vá procurar um lugar mais quente".
Desculpa, pátria adotada e amada, mas nestes dias de geladeira, a possibilidade é forte e seriamente cogitada.
Nenhum comentário:
Postar um comentário