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terça-feira, 2 de julho de 2013

É hora de voltar a Cuba

Registros da viagem à ilha em 1998 (fotos: WAA)
De Curitiba

A partir de 10 de julho a Cubana de Aviación volta a operar a rota Havana-São Paulo-Havana.

A reativação já vinha sendo planejada (leia aqui) e, nesta semana, foi confirmada.

Os voos serão semanais: saídas de Havana às quartas e voltam, de São Paulo, às quintas. Uma aeronave IL 96-300 vai servir a rota, transportando 262 passageiros - incluindo 18 assentos de primeira classe, segundo informou o Ministério de Turismo de Cuba.

Aeronave IL 96-300

Pesquisei o preço no site da companhia (www.cubana.cu): US$ 667,46 o trecho.

Deu uma vontade danada de visitar o país de novo.

Lendo a notícia da reativação da rota (indicação da Carolina Cattani via twitter), me lembrei que foi pela Cubana, e para Cuba, minha primeira viagem de avião, minha primeira viagem internacional.

Foi em dezembro de 1998. 

Uma viagem meio que de última hora, quando consegui férias (trabalhava na central de controle operacional da Companhia de Engenharia de Tráfego de Santos, a CET-Santos). Rapidamente providenciei passaporte; passagens e hospedagem numa agência de turismo (a Boqueirão - ganhei uma ótima mochila da agência, até hoje em uso); e dólares numa casa de câmbio ali da esquina da Rua XV com a Rua Augusto Severo, no centro santista.

O dólar ainda estava a 1 real

(Paridade que o governo FHC forçou para ser reeleito e que, em janeiro de 1999, foi drasticamente desfeita).

Recém terminara o terceiro ano da faculdade Jornalismo.

Não deu tempo de estudar castellano.

Mas enfim, parti.

O voo da Cubana era como uma linha de ônibus circular. Partia de Havana, deixava passageiros em Guarulhos, e já embarcava os que estavam indo a Cuba. Em seguida ia para o Rio de Janeiro, onde desciam os que vinham de Havana e logo subiam os que rumavam à ilha caribenha.

Depois desse sobe-e-desce de gente, antes de o avião decolar no Galeão, a tripulação redistribuiu os passageiros nos assentos, alegando que precisava equilibrar o peso da aeronave. Por essa razão partiu com menos combustível e fez uma escala, não prevista na rota, em Caracas.

Brigadeiro de primeira viagem achei que esses ajustes faziam parte da rotina da aviação.

Ícones da paisagem de Havana no final dos anos 90

Em Cuba foram cinco dias, todos na capital - e mesmo assim voltei com a sensação de que faltou conhecer lugares e gente da cidade, tal a imensidão daquele mundo que tinha para conhecer.

Aqueles não eram tempos de celular, de máquina digital para tirar foto até do vento. Era tudo no filme, de modo que as imagens que tenho hoje no papel foram muito bem selecionadas antes de serem registradas.

Agora em 2013 completam-se 15 anos dessa experiência. Aquela Cuba que, em 1998, começava a se recuperar do baque que sofreu com o fim da União Soviética, está bem diferente. Nós estamos bem diferentes.

É ou não é hora de embarcar de novo na Cubana?

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