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sábado, 13 de julho de 2013

Na faixa da esquerda

Sintonia na reunião do Mercosul desta semana (foto: Roberto Stuckert Filho)
De Curitiba

Da lamentável guinada à direita que a presidenta Dilma Rousseff deu ao seu governo nos últimos 12 meses, parece escapar, felizmente, a área de relações exteriores.

Nesta, a atuação se mantém no campo da esquerda.

A posição do Brasil na XVL Reunião da Cúpula do Mercosul, nesta sexta-feira, dia 12, em Montevidéu, reafirma a sintonia com os governos progressistas da região.

Dilma não só corroborou como foi porta-voz (ver pronunciamento aqui) do rechaço à espionagem dos Estados Unidos e da condenação ao sequestro do presidente boliviano Evo Morales praticado semana passada por França, Itália e Portugal.

Nesse episódio, Dilma até demorou a se manifestar - o pronunciamento, em nota, veio quase 24 horas do acontecido. Mas quando o fez, o fez de forma firme, soberana e solidária (confira aqui).

Também foi enfática, em abril, ao reconhecer de pronto - em despreocupada oposição ao que pregavam os Estados Unidos - o resultado da eleição que levou Nicolás Maduro à presidência da Venezuela. Antes, já tinha transmitido ao povo venezuelano sua solidariedade pela perda do grande líder Hugo Chávez.

Há pouco mais de um ano, em junho de 2012, Dilma igualmente não se hesitou em considerar golpista a deposição do então presidente do Paraguai, Fernando Lugo (relembre aqui). Exemplarmente, o Brasil defendeu que o país vizinho fosse suspenso do Mercosul, até que um novo presidente, eleito pelo voto popular, assumisse. O Paraguai deve ser reincorporado ao bloco em agosto.

Ainda está em tempo, presidenta, de fazer um balanceamento e um realinhamento do seu governo, livrando-se dumas tralhas que pesam e puxam a condução pra direita, e colocar a nave no prumo, no rumo.

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