Mexicanos em Fortaleza: histórias para contar para os netinhos |
Nos gramados, de fato a #CopaDasCopas. Fora de campo, tudo funcionando sem maiores transtornos, para decepção dos pessimistas de ocasião.
-------------------------------------
Postado de Curitiba
Nunca antes tinha assistido a um início de Copa do Mundo tão emocionante.
Lógico que o fato de a festa estar sendo realizada em casa colabora. Mas euforia à parte, é evidente - e as estatísticas estão a demonstrar - que a Copa do Mundo no Brasil tem se confirmado como a #CopadasCopas.
Terminada a primeira rodada (a segunda já começou com o indigesto empate do Brasil com o México em zero a zero), estas sãos minhas considerações sobre o evento:
- A Copa do Mundo no Brasil não é só do Brasil. É da América do Sul, é a da América Latina. Os compatriotas da Pátria Grande estão por aqui para animar a festa, torcer, fazer os brasileiros se aproximarem do povo do nosso continente. É invasão de mexicanos e costarriquenhos em Santos, de colombianos em Belo Horizonte, de argentinos no Rio de Janeiro, os equatorianos que começam a chegar em Curitiba...Soy loco por ti, América.
- Nas arquibancadas, com exceção dos xingamentos chulos da parte abastada que estava no Itaquerão à presidenta Dilma, a festa tem sido espetacular. O hino à capela entoado pelos torcedores (começou com os brasileiros, mas outros estão seguindo o exemplo) é, toda vez, de arrepiar.
- Dentro das quatro linhas, partidas bem disputadas, lances de todos os tipos - golaços, gols comuns, gols contras, marcações duvidosas da arbitragem, erros grosseiros mesmos, acertos louváveis, frangos. Cenas das partidas nos estádios brasileiros estão entrando para o almanaque das Copas.
- Quanto às seleções, achei a Itália a mais consistente de todas. Enfrentou um primeiro adversário dificílimo (Inglaterra), sabendo se impor. Ao contrário de Brasil e Argentina, a Itália não é superdependente de um jogador só.
- As goleadas de Holanda e Alemanha também alçam essas duas a favoritas absolutas, todavia é preciso ponderar o seguinte: a Holanda, está certo, meteu cinco na atual campeã mundial, no entanto há tempos a Espanha não vem repetindo o futebol que a consagrou. Além do mais, a Holanda encarou a partida como uma revanche, veio com uma motivação extra.
- A Alemanha, da mesma forma, pegou um Portugal em transição, com um jogador acima da média - Cristiano Ronaldo - quem, todavia, não é esse craque da forma que pintam.
- Muito improvável que a taça não fique, portanto, ou com Itália, ou com Alemanha, ou com Brasil, ou com Holanda, ou com Argentina.
- Não vejo nenhuma seleção despontando como ameaça às tradicionais. A Colômbia poderia ser uma, se não estivesse desfalcada de Falcão Garcia. Gostei do desempenho da Suíça; a Bélgica também está com um bom time. Mas acredito ser pouco possível que tenham fôlego para passar de uma quartas-de-final, por exemplo.
- Impressionante como evoluiu o futebol dos Estados Unidos. Essa seleção pode beliscar uns resultados até então tidos como inatingíveis pelos norte-americanos.
- Decepcionante a estagnação das seleções africanas. Arrisco até dizer que elas involuíram.
- Por fim, e saindo dos gramados de novo, as previsões da turma do #ImaginaNaCopa naufragaram. Todos os estádios foram entregues a tempo e estão colaborando para o espetáculo. Toda a infraestrutura funcionando dentro da normalidade - nem apagão da luz, nem dos aeroportos, nem de coisa alguma. É certo que houve "manifestações" que descambaram para o vandalismo, e que houve excessos das polícias (condenáveis). Porém, nada do caos, da violência urbana que uns pessimistas de ocasião aventaram por aí.
- Ah, sim, além dos estádios, outras obras prometidas foram entregues: BRTs no Rio, Belo Horizonte e Brasília; terminais em Recife; vias de acesso em Porto Alegre e São Paulo; o Museu Pelé em Santos...
Como disse o Luiz Carlos Azenha, "aos poucos, realidade vai matando o 'imagina na Copa'" (leia aqui).
Nenhum comentário:
Postar um comentário