Chávez teria enviado saudações aos estudantes hoje, início do ano letivo (foto: AVN) |
De Caracas, Venezuela
O volta às aulas, o terrorismo da oposição que espalha boatos sobre falta de alimentos e, claro, a saúde do presidente Hugo Chávez dominam o noticiário na Venezuela nesta segunda-feira, 7 de janeiro, dia em que desembarquei aqui em Caracas.
O que vai acontecer no dia 10 de janeiro, data da posse de Chávez para um novo mandato, é o que, nas ruas, nos lugares, perguntam estrangeiros a venezuelanos, e os venezuelanos a seus compatriotas - e a si mesmos.
Haja o que houver, certo está que uma grande manifestação popular vai tomar os entornos do Palácio Miraflores. O Partido Socialista Unido de Venezuela (PSUV), da situação, marcou a concentração para às 10 horas. Seguramente uma multidão comparecerá.
O vice-presidente, Nicolas Maduro, disse hoje que, de Cuba, onde está internado, Chávez pediu que transmitisse aos estudantes e educadores uma saudação. "Que comecem o ano com força e alegria", teria dito o presidente, segundo os veículos de comunicação do governo.
A imprensa oficial, aliás, está se esmerando para esclarecer a população de que a Venezuela não corre nenhum risco de desabastecimento de comida - em algumas redes de supermercados houve escassez, por razões mal explicadas pelas empresas, de alguns itens. Opositores do governo chavista têm aproveitado o momento de indefinição para espalhar boatos que desestabilizem politicamente os socialistas
Entende-se por que não se detalha o estado de saúde de Chávez. Se realmente o presidente está muito perto de morrer, uma informação como esta aguçaria o instituto golpista da oposição. Se está em recuperação, e como está essa recuperação, seriam informações que também poderiam subsidiar um golpe. Se a incerteza deixa chavistas ansiosos, inquietos, preocupados com o destino do governo bolivariano, mais ainda deixa a direita golpista insegura, precavida, reticente quanto a tentar tomar o poder de maneira antidemocrática.
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