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quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Uma didática defesa do cancelamento do leilão do petróleo

Plataforma P-55 da Petrobrás, em fase final (foto: Petrobrás)
De Curitiba

Como tuitei na terça-feira, dia 24, tia Dilma foi espetacular em seu discurso na abertura da assembleia da Organização das Nações Unidas (ONU).

Agora, se realmente ela estiver disposta e com coragem para defender a soberania da nossa nação - acrescentei na tuitada -, tia Dilma deve por fim a esse entreguismo que são os leilões promovidos pela Agência Nacional do Petróleo (ANP).

(Herança do governo neoliberal do PSDB-Dem, que Lula conseguiu frear quando da descoberta das reservas do pré-sal, mas que parece retomada a todo vapor)

Neste texto a seguir, uma das lideranças mais lúcidas deste país, João Pedro Stédile (do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra, o MST), é didático na defesa do cancelamento dessa aberração de leilão.

O texto é longo; aqui vai um trechinho dele e o link para íntegra, puxada do Vi o Mundo, do Luiz Carlos Azenha.

Repito: Stédile é bem didático, claro. Vale ter paciência e ler até o fim para compreender o que se passa:

"No dia 21 de outubro, a Agencia Nacional de Petróleo vai leiloar o maior campo de reservas de petróleo brasileiro, encontrado a 180 km do litoral, com sete mil metros de profundidade.

Lá estão depositados comprovadamente de 12 a 14 bilhões de barris de petróleo. Equivalem a todas as reservas do México. Corresponde a tudo que a Petrobras já explorou nos seus 60 anos de existência.

A importância estratégica para o país é tão grande que durante o debate do segundo turno, da campanha de 2010, a candidata Dilma Rousseff disse que o candidato José Serra queria privatizar e fazer um leilão do petróleo, e que isso era inadmissível, pois o pré-sal deveria ser uma riqueza a ser utilizada apenas em favor do povo brasileiro”.

Três anos depois, em mensagem pública em rede de televisão, a presidenta muda o discurso e assume o que Serra queria fazer, leiloar as reservas do pré-sal para iniciativa privada.

(...)

Pela Lei de Partilha, aprovada durante o governo Lula, há um artigo que diz que a União poderá entregar toda a reserva do pré-sal para exploração exclusiva por parte da Petrobras, sem necessidade de leilão. Por que não fazemos isso?

O governo e os colunistas nos jornais têm defendido que a Petrobras está endividada e não tem caixa para investir. O BNDES tem uma política de crédito para tantas empresas privadas, inclusive transnacionais e picaretas em geral, como o Eike Batista. Por que não poderia emprestar para Petrobras?

Por que o Tesouro Nacional – em vez de pagar juros a meia dúzia de especuladores de títulos da divida interna, que levam R$ 200 bilhões por ano – não aplica recursos em investimentos do pré-sal?"

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