Entrega de chaves na capital. E em Santos? (foto: Governo SP) |
De Curitiba
Entre estimativas oficiais e extra-oficiais, calcula-se que no Centro Velho de Santos cerca de 15 mil pessoas morem em habitações coletivas, os famosos cortiços. Há pelo menos dez anos o Governo do Estado de São Paulo, por meio de um programa denominado “Programa de Atuação em Cortiços”, da Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU), vem prometendo acabar com essas moradias indignas, que contrastam com o boom imobiliário vivenciado pela cidade desde o início da “era pré-sal”, principalmente.
Até agora, porém, pouco mais de 20% dos 500 apartamentos prometidos pela CDHU foram entregues, em 2008 – e com atraso. Tratam-se de dois conjuntos no Paquetá, um com frente para a Rua João Pessoa e outro, para a Rua Amador Bueno, com 117 unidades no total, de acordo com informações divulgadas à época pela imprensa oficial do governo paulista.
No último dia 28, um domingo, o governador Geraldo Alckmin, em seu perfil no twitter, enalteceu a entrega, que fizera naquele dia, de 62 apartamentos na zona central de São Paulo, capital, como parte integrante da tal “atenção aos cortiços”.
“Os apartamentos são muito bem localizados, com toda a infraestrutura da região”, disse, para continuar em seguida: “As unidades entregues hoje têm piso cerâmico, azulejos nas paredes hidráulicas, salão de festa e paisagismo no condomínio. Aquele capricho!”
Ótimo!
Mas, e a erradicação dos cortiços de Santos, sonho de Mário Covas e Franco Montoro, promessa de Alckmin e do antecessor José Serra?
Esta pergunta foi imediatamente feita ao governador, via twitter, por este blogueiro. Porém, até a publicação deste texto aqui (desde a semana passada está postado também no Ò Minha Santos), a pergunta continuava sem resposta.
Ótimo!
Mas, e a erradicação dos cortiços de Santos, sonho de Mário Covas e Franco Montoro, promessa de Alckmin e do antecessor José Serra?
Esta pergunta foi imediatamente feita ao governador, via twitter, por este blogueiro. Porém, até a publicação deste texto aqui (desde a semana passada está postado também no Ò Minha Santos), a pergunta continuava sem resposta.
Tudo bem, se a dúvida fosse só minha. Mas não é. É das famílias que receberam, há anos, o compromisso de que teriam, enfim, um teto digno para viver.
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