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sábado, 30 de janeiro de 2010

Devagar, há perigo na esquina

De Curitiba

Dois meses depois de desligados, voltarão a funcionar nesta segunda-feira, dia 1, por decisão da Justiça, os radares nas ruas e avenidas de Curitiba.

Já era tempo, porque a turma andava abusando da velocidade nas últimas semanas. Com a capital vazia, e o tráfego livre, nem o limite de 60 muito menos o de 40 km/h estavam sendo respeitados cidade afora - rápidas do Cabral e do Bigorrilho e Avenida Cândido Hartmann, três evidentes palcos da imprudência.

O desliga-liga dos radares decorre de problemas na contratação, por parte da prefeitura, da empresa (Consilux) que mantém, opera os equipamentos. A priori, a relação carece mesmo de maiores explicações, no entanto na falta de conhecimento pleno do imbróglio, não trataremos do tema aqui.

O que ressaltamos é que a fiscalização eletrônica, mostra a prática, tornou-se sim, em Curitiba, em Santos, em São Paulo, em Aracaju, em Brasília, na vias urbanas e nas rodovias, eficaz instrumento de combate a abusos - e, portanto, de prevenção de acidentes nessa guerra que é o trânsito brasileiro.

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

É bom, passar uma tarde

De Curitiba

Santos comemora hoje seus 464 anos de fundação num otimismo contagiante.

O petróleo e o gás do pré-sal já atraem investimentos na cidade, num ritmo e perspectiva que lembram o desenvolvimentismo experimentado 100 anos atrás, quando o ciclo do café revolucionou a então pequena vila.

Justificável e salutar se animar com os bons ventos, afinal depois de perseguida na ditadura e de vitimada pelo neoliberalismo e sua privataria nos anos 90, era hora de Santos ser recompensada.

No entanto, há que se domar um pouco essa euforia, porque ela parece cegar para os erros de sempre.

Preocupa a expansão imobiliária desenfreada, a privatização dos espaços públicos, a elitização cada vez mais acentuada dos serviços e atividades disponíveis ou dos que surgem.

Edifícios superluxuosos da Ponta da Praia em meses estão arranhando os céus; na outra ponta, os conjuntos populares para eliminar os cortiços no Paquetá sobem tijolo por tijolo numa lentidão inexplicável e injustificável.

Condomínios "clubes-de-morar" anunciam quatro, cinco vagas de garagem por apartamento - só se for para deixar os carrões guardados, porque nas ruas e avenidas não há espaço para circularem. Trânsito lento, quando não parado, é rotina na avenida da praia, na Ana Costa, na Conselheiro Nébias, na Nossa Senhora de Fátima, no Canal 2...

Apressa-se a construção da ponte para carros entre Santos e Guarujá. O metrô leve, porém, para levar trabalhadores e estudantes, nem nos discursos aparece mais, e a gente da Baixada continua a ser carregada apinhada, nos ônibus do Grupo Constantino, que monopoliza o transporte na região.

A orla segue bem cuidada, tratada e embelezada. A Zona Leste carece. De zelo.

Bom, imprescindível refletir, e imperdível curtir, logo mais à noite, na Praia do Gonzaga, a apresentação que Toquinho faz em presente aos santistas.

Feliz aniversário, pátria amada!

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

És o avesso do avesso do avesso...

De Curitiba

As últimas semanas, São Paulo, não lhe dão um pingo só de motivos para comemorar mais um 25 de janeiro.

Pelo contrário, lhe derramam uma enxurrada de razões para lamentar os erros em 456 anos de história.

Pesa-lhe ser a síntese do melhor e do pior, das discrepâncias deste país.

A capital que concentra 12% do PIB brasileiro nos apresenta as mansões do Morumbi e os barracos inundados do Jardim Helena. A capital onde primeiro desembarcam as inovações tecnológicas e as atrações culturais abriga famílias que sequer têm uma praça perto de casa para os filhos brincarem.

O requinte da Oscar Freire se contrapõe ao comércio popular da 25 de Março. As construções seculares do Anhangabaú tentam resistir ao tempo enquanto se expandem os edifícios futuristas na Berrini.

Mas no meio do concreto da Paulista - que começa na Paraíso e termina na Consolação -, o oásis verde do Trianon intocável está. Há território para os bairros operários da Móoca e do Brás; e para os boêmios da Vila Madalena e da Faria Lima.

Se sua elite é cega e conservadora, sua periferia cria um hip-hop contestador, combativo, lutador. Houve lugar para acolher portugueses, italianos, japoneses; nordestinos e nortistas. Está sempre a receber caipiras e caiçaras. Nos cantou o samba de Adoniran Barbosa e o rock de Rita Lee.

Portanto, São Paulo, finda esta tempestade, o sol nascerá.

Levanta, sacode a poeira (quando a lama secar) e dá a volta por cima.

sábado, 16 de janeiro de 2010

Lá vai-vem o sol

De Santos

Rodar, andar, voar, circular, transitar, tansladar, trafegar, perambular, vagar, navegar.

E caminhar - melhor ainda ao entardecer, melhor ainda na Ponta da Praia, ao espairecer.

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Dos filhos deste solo...

De Curitiba

Aos que ainda resistem (ou pior, insistem) em não compreender o gigantesco apoio popular ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, duas sugestões.

A primeira, e esta já poderia ser seguida há bastante tempo, diversificar as fontes de informação. No lado direito desta página este blog enumera algumas das boas opções da praça.

A segunda, e esta já pode ser seguida também, é assistir a "Lula, o filho do Brasil".

Porque de forma resumida, dramatizada e romantizada típica de um filme comercial, "Lula" mostra a realidade histórica de grande parte dos filhos deste solo, pátria amada Brasil - realidade esta que, no entanto e felizmente, o governo do próprio Lula, o filho do Brasil, está gradativamente a mudar.

Lula leva o Bolsa Família ao Nordeste, transpõe o São Francisco no sertão, constrói a Transnordestina porque viveu a miséria da seca, da falta de oportunidades que, a não ser para as donas Lindus, leva à desesperança.

Lula toca o PAC, realiza o maior investimento em saneamento básico na história deste país, criou o Minha Casa, Minha Vida porque já morou em palafitas em Santos, já perdeu casebre e pertences em enchentes em favelas de São Paulo.

Lula apazigua as reações mais estridentes e reacionárias da direita porque, como sindicalista que comandou movimentos inimagináveis no ABC, tornou-se exímio negociador entre o trabalho e o capital.

Trêiler, fotos, blog, twitter e tudo mais sobre o filme, em www.lulaofilhodobrasil.com.br.

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Pequenas mudanças

O Macuco Blog deverá passar por ligeiras mudanças nas próximas semanas, para seguir com cara de 2010. Algum ajuste no visual, uma e outra ponta a ser incluída ou retirada, talvez no conteúdo. Se quiser, deixe uma sugestão, será bem-vinda e importante para nortear. Deixa lá, ou na seção de comentários ou enviando e-mail para waasantos@hotmail.com