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segunda-feira, 30 de maio de 2011

Pra gente pedalar

Até o final do ano, 100 mil alunos receberão bicicletas (foto: Blog do Planalto)

De Curitiba

A presidenta Dilma Rousseff acaba de abordar uma necessidade que tempos atrás foi tratada neste blog*: a de as prefeituras e seus órgãos de engenharia de tráfego cuidarem de, em seus projetos de trânsito, reservar espaços para a circulação de bicicletas.

É o que a presidenta classificou de "cultura do ciclismo no país".

Semana passada, o Ministério da Educação entregou a 30 mil estudantes de 81 municípios um kit composto por bicicletas e capacetes. Até o final do ano, serão kits a 100 mil alunos, em 300 municípios. 

"É um meio de transporte que não polui e ainda permite a prática de uma atividade física. Ir para a escola de bicicleta é uma atividade saudável. Agora, tem que ter segurança", declarou Dilma.

E a segurança aos ciclistas, no cada vez mais selvagem trânsito, depende da implantação de ciclovias ou faixas exclusivas que percorram trajetos racionais, úteis, práticos - que liguem os bairros aos pólos geradores de tráfego, através de ruas e avenidas que reúnem esses pólos.

Hoje, nas grandes cidades as escassas ciclovias são feitas para quem pedala a lazer. Em Curitiba, por exemplo, contornam parques e outros pontos turísticos. No Rio, concentram-se na orla. Em São Paulo, no Parque Ibirapuera e lugares semelhantes. Santos até tem expandido a malha cicloviária para rotas utilizadas por trabalhadores e estudantes, mas num ritmo muito, muito lento.

O PAC da Mobilidade Urbana, lançado pelo governo federal no início do ano e que em breve vai selecionar os projetos apresentados pelas prefeituras, pode ser um importante instrumento de auxílio na implantação desses espaços cicloviários. Aguardemos, pois, entre tantas ideias de aberturas de ruas e avenidas, construções de túneis e viadutos, criação de binários, quantas contemplarão os ciclistas.

*Neste link - http://migre.me/4FZa5 - você confere o post sobre o assunto

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Ministério Público: deu bandeira

Do alto se pode ver a cidade. Mas a cidade não verá mais o pavilhão (foto: WAA)

De Curitiba

Vem de Santos uma indignação danada contra o Ministério Público do Estado de São Paulo.

É que, a pedido da Promotoria de Justiça Cível do Ministério Público paulista, a tradicional bandeira que tremula no alto do Monte Serrat - e que pode ser vista de vários pontos da ilha e da área continental - teve de ser retirada do topo do morro.

A alegação é de que o pavilhão nacional descaracteriza o Santuário de Nossa Senhora do Monte Serrat, situado no local, tombado pelo Patrimônio Histórico.

O povo não entende como o símbolo máximo da pátria pode ser considerado, por um órgão como o Ministério Público, um estorvo.

Pior: o povo quer saber por que o Ministério Público, bancado (e muito bem bancado) pelo erário, não tem a mesma energia e eficiência para intervir em problemas muito mais graves e urgentes.

O transporte coletivo, por exemplo, é operado por uma empresa concessionária que faz o que bem entende. O mesmo com a limpeza urbana, também nas mãos de uma concessionária privada.

E a saúde? Por que, como pediu a retirada da bandeira, o MP não exige a abertura do Hospital dos Estivadores, 100% SUS? Ah, o Ministério Público deveria ainda cobrar da prefeitura o cumprimento do Estatuto das Cidades - e, com a ocupação dos imóveis abandonados, certamente os cortiços do Paquetá e da Vila Nova teriam fim.

Em "A Tribuna", matéria completa sobre o assunto e as manifestações populares: www.atribuna.com.br

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Entrando em campo

SKy e Net, porém, recusam-se a liberar o sinal da Record News (foto: R7)

De Curitiba

Este é o time do Jornal da Record News, que estreia nesta segunda-feira, 23, às 21 horas.

No plantel, um dos mais brilhantes repórteres de impresso, Ricardo Kotscho, que vai comentar política; o conterrâneo deste blogueiro, crítico de cinema Rubens Ewald Filho; o ex-ministro Adib Jatene, que terá inserções sobre saúde.

Enfim, um dos maiores investimentos recentes da televisão brasileira em jornalismo.

A estreia do Jornal da Record News serve também para expor uma distorção da legislação das nossas telecomunicações.

A Record News é emissora aberta, UHF. Quem possui televisão por assinatura da Sky ou da Net, entretanto, não recebe o sinal da emissora.

O Grupo Record, por conta do lançamento do novo jornal - que tem despertado o interesse do público - explica que vem há tempos se esforçando para fazer com a Sky e a Net liberem o canal a seus clientes.

Mas nada.

Ocorre que Sky e Net têm vínculos comerciais com as Organizações Globo.  Parecem, portanto, boicotar a principal concorrente.

Uma manobra que seria evitada se o Brasil contasse com um novo marco regulatório das telecomunicações - um marco que garantisse a democratização do acesso à informação.

Não pode um mesmo grupo ser dono do trem e dos trilhos. Porque só vai deixar passar nos trilhos os seus vagões.

Cada um no seu quadrado: empresas que comercializam e distribuem os canais não podem ser, elas, proprietárias ou vinculadas a esses canais.

É para não perder privilégios como esse que o noticiário e os articulistas da Globo, sempre que se fala em regulamentar as comunicações, distorcem os fatos apontando nessa regulamentação uma falsa ameaça à liberdade de expressão.

Restrição às liberdades é, isso sim, essa libertinagem do mercado que permite a uma Sky ou Net, como se donas do espaço fossem, bloquear canais a seu bel-prazer.

Bom, tentando driblar o bloqueio, o Jornal da Record News terá transmissão pela internet.

Quem tiver conexão rápida, fica a dica: http://www.r7.com

sexta-feira, 20 de maio de 2011

O realejo diz...

20 de maio, aniversário da Realejo

De Curitiba

Não é "merchan" não, o espaço cedido para falar da Realejo Livros é uma homenagem aos 10 anos da livraria, que há cinco virou editora também.

Na verdade, mais que uma homenagem, um agradecimento.

Porque a existência da Realejo e todos os eventos que promove - entre eles, o espetacular Tarrafa Literária - dá à nossa pátria, Santos, tempero à vida cultural.

E é esta a razão de ser da Realejo: mais do que vender e editar livros, estabelecer na cidade um porto, um cais para atracar e fazer partir ideias.

No início do ano, este blogueiro bateu um papo com o idealizador e comandante da empreitada, o José Luiz Tahan.

Tahan fala da Realejo com aquele orgulho de um pai narrando os feitos da sua cria. Tahan fala da Realejo com a paixão de um enamorado. Apaixonado pelos livros, pela livraria, pelas perspectivas para o futuro, pela cultura, pela nossa Santos.

Quem ainda não conhece o espaço, vale aproveitar a data, que será comemorada lá mesmo, hoje, a partir das 18h30, e ver de perto: Rua Marechal Deodoro, 2, quase esquina com a Praça Independência, "coração do Gonzaga".

Da não tão distante Curitiba, também sopraremos as velinhas.

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Lá vem (onde?) o Sol

"Que a Lua venha nos iluminar e Sol para nos aquecer" (foto: Santos/WAA)

De Curitiba

Há muito sobre o que se falar.

Só que, com este frio... as ideias não congelam, mas...

Então, só para que este espaço não fique ao relento, uma foto para dar uma aquecida - ainda que virtual -, um post para dar uma atualizada, ainda que superficial.

Logo-logo tem mais, pode seguir por aqui navegando. E pelo Twitter, acompanhando: @waasantista.

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Sexta 13. E contra a escravidão

Escravidão persiste na zona rural e na zona urbana (foto: Repórter Brasil)

De Curitiba

A primeira - e única - sexta-feira 13 do ano caiu em maio.

Dia da Abolição da Escravatura.

É este ponto, mais que as superstições, que nos assusta.

Porque, no papel, a crueldade da escravidão foi extinta há 123 anos.

Mas, na prática, muita gente ainda é vítima de condições desumanas de trabalho.

De acordo com a Comissão Pastoral da Terra, entre 2003 e 2010 cerca de 50 mil homens e mulheres foram resgatados do trabalho escravo no Brasil.

A exploração se dá principalmente na zona rural - canaviais, carvoarias, fazendas agropecuárias. 

No entanto, está presente na zona urbana também: nas confecções que produzem grifes para grandes magazines e na construção civil, principalmente.

De uns anos para cá, ao menos, o problema tem sido encarado de frente pelo Estado e por segmentos da sociedade civil.

Em 2004, o governo federal criou a "lista suja", pela qual divulga a relação dos flagrados explorando mão-de-obra escrava. A lista é atualizada semestralmente. Os incluídos na lista têm restringido o acesso a linhas de fomento oferecidas pelo poder público, por exemplo.

A lista, até agora incumbência do Ministério do Trabalho, terá acompanhamento da Secretaria Especial de Direitos Humanos, conforme acaba de anunciar o governo. A co-responsabilidade do órgão, vinculado diretamente à Presidência da República, vem para mostrar que o problema passa a ser encarado além da ótica do mercado de trabalho. É questão de direitos humanos.

A fiscalização também tem se intensificado. Mesmo contrariando interesses de coronéis regionais e de grupos econômicos, e não raro colocando a vida em risco, agentes públicos têm agido com rigor.

De parte da sociedade civil, é admirável o trabalho da organização não-governamental "Repórter Brasil". A ong mantém uma agência de notícias especializada, campanhas de denúncia, presta orientações e é, hoje, a grande fonte de dados e informações sobre o tema.

Vale conhecer e se inteirar: www.reporterbrasil.com.br

E a página da Secretaria de Direitos Humanos: www.sedh.gov.br

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Franca, francamente, favorita

Helinho, filho do técnico Hélio Rubens: ícones do basquete francano (foto: divulgação)

De Curitiba

Festa em Franca, a capital brasileira do basquete.

O clube da cidade eliminou o Flamengo e está nas finais do NBB (Novo Basquete Brasil), a Liga Nacional da modalidade.

Será a oportunidade de conquistar o 11º título brasileiro e se manter no topo da lista dos maiores campeões do país.

Quase imbatível entre os anos 80 e 90, desde 1999 Franca não leva o título nacional. Esteve perto em 2006, quando foi vice.

Não que nesse período de jejum de troféus a cidade tenha ficado órfã de times competitivos.

Não, desde 1959, quando começou a disputar os principais campeonatos do país, Franca sempre esteve entre os melhores em cada torneio.

Mas, para uma cidade que recebeu o basquete pela primeira vez há mais de 100 anos, que possui um dos mais modernos ginásios para a modalidade no país, que tem nas partidas uma das grandes atrações, enfim, para uma cidade que inspira e respira basquete, está na hora de mais uma taça.

E a campanha na temporada 2010/2011 é irreparável: terminou a fase de classificação na liderança e, nas semifinais, fez 3 a 0 na série melhor de cinco partidas.

Aguarda o adversário: Pinheiros e Brasília fazem a outra semi.

São duas fortíssimas equipes.

Mas pela tradição, pela torcida apaixonada e acostumada com basquete, sejamos francos: Franca é franca favorita.

TÍTULOS DE FRANCA
Brasileiros: 10 // Paulistas: 11 // Sul-americanos: 6 // Pan-americanos: 4 // Mundiais: dois vice-campeonatos

MAIORES CAMPEÕES NACIONAIS
Franca: 10 // Sírio: 7 // Monte Líbano: 5

Mais em:
www.francabasquete.com.br // @VivoFrancaBC
www.cbb.com.br // @CBB_basquete

domingo, 8 de maio de 2011

Mar de outono

Nesta época, o mar rebenta com força  (foto: PMS)

De Santos

Nesta época do ano, até mais ou menos julho, o mar costuma se agitar além do normal por estas bandas próximas ao Trópico de Capricórnio.

Do litoral de Santa Catarina ao do Rio de Janeiro é a temporada de ressacas.

Dia desses, uma forte atingiu Santos. Trechos das muretas da Ponta da Praia chegaram a ser derrubados; a água subiu até a avenida da orla, garagens subterrâneas de alguns edifícios precisaram ser interditadas.

Agora, o mar rebenta com menos volúpia, mas a maré segue alta e as ondas, maiores e mais intensas que o de costume nestas calmas praias daqui.

Como as manhãs e tardes têm sido de sol e céu azul,  por enquanto bom espetáculo para contemplação.

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Curta o Curta Santos

Festival ocorre em setembro

De Santos

A notícia que pára o mundo neste instante é o anúncio da morte de Osama Bin Laden.

Aqui e agora, no entanto, fazemos esta intervenção para lembrar que estão abertas desde esta segunda-feira, 2 de maio, as inscrições para a nona edição do Festival Santista de Curtas Metragens, o Curta Santos.

Atenção, alunos de Curitiba navegantes deste blog, há uma categoria do Curta Santos que aceita trabalhos produzidos em qualquer canto do Brasil.

Portanto, confiram em www.curtasantos.com.br os detalhes, e aproveitem.