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sábado, 20 de novembro de 2010

Rumo à igualdade

De Curitiba

Desde a chegada dos portugueses até os dias de hoje são 510 anos de história.

Desses 510 anos de história, durante 388 anos - quase quatro séculos! - nós escravizamos nossos irmãos negros.

Temos, portanto, uma dívida social e humana impagável com nossos irmãos afrodescendentes.

Temos, portanto, a obrigação moral de promover, apoiar, intensificar toda e qualquer ação que resgate a igualdade entre nós, seres humanos, igualdade essa que ignoramos, destruímos nos 388 anos de escravidão e que pouco construímos nos últimos 122 anos de escravatura abolida.

Felizmente, com o Governo Lula, demos uma acelerada nesse rumo.

Sim, não se antecipe dizendo que estamos a fazer propaganda partidária aqui, é só ter um mínimo de conhecimento do que foi feito e dos indicadores para constatar: graças às políticas de inclusão do Governo Lula, a desigualdade entre a elite branca e a maioria negra vem diminuindo.

Acompanhe esses - entre outros - números, do IBGE e do Ipea, retirados de reportagens publicadas hoje no Jornal do Brasil (www.jb.com.br) e na Agência Brasil (www.agenciabrasil.gov.br):

  • De 2007 a 2010, a renda da população negra cresceu o dobro da renda da população branca: 38% a 19%.
  • E a população negra se concentra nas classes mais pobres: 50% dela está na classe D, 34% na classe C e 13% na classe E. Só 1% dos negros no Brasil está na classe A. Essa classe e a B são constituídas, em sua esmagadora maioria, por brancos.
É por esse abismo de classe social entre negros e brancos, retratados também nos dados a seguir, que cotas raciais em universidades e concursos públicos são, sim, políticas de igualdade e de inclusão, e não de ratificação da discriminação, como querem fazer crer a elite conservadora e os neocons:

  • Entre os brancos, 15% da população com mais de 25 anos possui ensino superior completo.
  • Entre os negros, só um terço disso: 4,7% conseguiram acessar e concluir uma faculdade.
  • Entre a população brasileira branca, a média de estudo é de 8,3 anos. Entre a população negra, só 6,7 anos.
A personagem na foto acima (da série de reportagens da Agência Brasil) é Amanda Ribeiro, um dos exemplos desse Brasil que procura se redimir do passado cruel da escravidão e da exclusão.

Além das reportagens citadas, nos seguintes endereços na internet você encontra informações e histórias que fazem com que o país, hoje, tenha, com o Dia da Consciência Negra (que deveria ser feriado nacional), uma data para se refletir:

Um comentário:

  1. E olha que se for ver bem a escravidão não acabou, há muita fazenda no interior que explora mão-de-obra, até de crianças, lembra dos fiscais que foram mortos?... Ju

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