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sábado, 2 de janeiro de 2016

Passados os fogos, o foguete da virada: uma chuva de reajustes de tarifa de ônibus. É a caixa-preta de sempre

Linha de ônibus da região metropolitana de Santos: passagem sobe dia 9

Nestes primeiros dias de 2016, milhões de brasileiros começam a gastar mais pra se locomover nas suas cidades. É que em pelo menos duas dezenas de municípios ou regiões metropolitanas, tarifas de ônibus urbanos estão sendo reajustadas.

Isso em contar as cidades que promoveram reajustes ainda no finalzinho de 2015. E outras que devem aplicar aumentos em fevereiro e março.
Os aumentos no apagar dos fogos de artifício geraram indignação nas redes sociais. Neste sábado, o termo “Passagem 3,80”, uma referência ao novo valor que passou a vigorar no Rio de Janeiro, esteve entre os mais citados no Twitter, à tarde.

Que a indignação seja canalizada para pressões por mudanças profundas nos sistemas de concessões, operação e custeio do transporte urbano. Não dá mais para que a conta recai nas costas só dos trabalhadores, estudantes, donas de casa, desempregados – enfim, do passageiro do ônibus.
O transporte coletivo, como direito social recém incluído na Constituição da República, precisa de ser subsidiado pelo conjunto da sociedade, sobretudo pela parcela mais rica.

Um estudo feito pelo Ipea, em 2013, mostra que a tarifa zero, ou perto disso, na roleta, não é impossível. E pode ser implementada sem que se cobrem mais impostos por isso.
Antes, no entanto, faz-se urgente acabar com o oligopólio no setor de transporte coletivo. Afinal, o subsídio público não pode ser utilizado pra encorpar o lucro dos barões da catraca.

Por @wasaantista, postado de Santos | Foto: @waasantista
| Publicado também no Brasil Observer

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