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quarta-feira, 20 de outubro de 2010

"Dilma sim, porque não penso só em mim"

De Curitiba

Por falta de argumento melhor ou, pior ainda, por considerar esse um argumento plausível, vira-e-mexe se ouve gente - em geral, da classe média - justificar não votar em Dilma por não ter sentido sua própria vida melhorar nos últimos anos.

Bom, plausível tal argumento de fato não pode ser porque se sustenta numa dose exagerada de individualismo.

Afinal, as políticas públicas do Governo de Lula e de Dilma conseguiram tirar da miséria 28 milhões de brasileiros. Só o Bolsa Família livrou das condições sub e desumanas de sobrevivência 11 milhões de pessoas.

Ora, um governo que tira 28 milhões de irmãos e irmãs da pobreza extrema fez muito "por mim", por ti, por nós, pelo país.

Mas o dito argumento não é plausível também porque é absolutamente inconsistente, pra não dizer irreal.

Se você não é extremamente pobre, porém é pobre, o Governo de Lula fez por ti sim:

- ProUni, por exemplo, que abriu as portas da universidade para quase 1 milhão de jovens.
- Quase 200 escolas técnicas profissionalizantes.
- Samu e UPAs

Se você é classe média baixa, por ti foi tomada, entre outras medidas:

- Redução de impostos de automóveis, eletrodomésticos, eletroeletrônicos.
- Programa de microcrédito.

Se é classe média, classe média alta:

- Expansão recorde do financiamento da casa própria, pelos bancos públicos, que acabaram puxando também o crédito pelos bancos privados.

Se é rico, também não foi excluído:

- Com a economia aquecida, nunca os grandes empresários lucraram tanto.

Isso sem contar as ações globais, que indiretamente atingem a vida de cada um porque geram (ou, no mínimo, dão perspectiva de) emprego, aumentam a renda; e gerando emprego e renda aquecem a economia que, por sua vez, aquecida, emprega mais a gente, melhora mais o salário da gente, permite que a gente possa se dar ao luxo de gastar mais em roupa, em móveis pra casa, com viagens em feriadões e nas férias. São ações como o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), maior conjunto de investimentos e obras de infraestrutura da história da República.

Reconhecer, se orgulhar, defender e propagandear esses avanços não é ignorar que os nossos problemas ainda são muitos, que estamos longe do Brasil que sonhamos. Agora, não conseguir identifcar essas conquistas ah, aí, talvez se esteja bebendo de fontes de informação viciadas, sabe-se lá.

O fato é que esse ciclo só tem sua sequência garantida com a eleição de Dilma Rousseff.

Porque a candidatura de José Serra representa um projeto, um modelo sustentado numa ideologia incompatível com o crescimento econômico com inclusão social e sustentabilidade ambiental. Esse modelo, esse projeto já esteve em prática na Era Fernando Henrique Cardoso e, só para ilustrar, além de não conseguir tirar um irmão sequer da miséria absoluta, ainda levou 5 milhões de brasileiros à pobreza extrema. O país não gerou emprego, a renda foi achatada e o nosso patrimônio entregue aos estrangeiros.

É esse o recado de hoje.

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