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sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Concessionária sob neblina

 Rodovia, privatizada, tem um dos pedágios mais caros do país.
De Curitiba

Impressionante o engavetamento desta semana na Rodovia dos Imigrantes.

Quase três centenas de veículos envolvidos, dezenas de feridos e uma pessoa morta.

A cerração intensa foi o fator determinante mas, para quem tem na rotina a viagem entre Santos e São Paulo, a insegurança no Sistema Anchieta-Imigrantes não decorre só dos fenômenos da natureza.

Há queixas quanto ao serviço executado pela detentora da concessão, a Ecovias.

Lamentável é que, mais de 36 horas depois da tragédia, ainda não se viu o Governo de São Paulo, por meio de sua famigerada agência reguladora, a tal Artesp, cobrar explicações da empresa.

Tampouco se viu na - como diria Francisco Camargo - brava e indormida imprensa* os indignados especialistas e articulistas questionarem a competência da empreiteira concessionária.

Imagina se a rodovia estivesse sob os cuidados do Dersa, do DER ou de qualquer órgão público... Estaríamos a ouvir a velha ladainha de que o Estado é ineficiente, que a iniciativa privada é que deve tomar conta, que a inoperância estatal fez novas vítimas etecetera, etecetera e etecetera.

Em tempo: o pedágio do Sistema Anchieta-Imigrantes é um dos mais caros do país. A tarifa para automóveis, por exemplo, é de R$ 20,10, para um percurso de 50, 60 quilômetros no máximo.

*(Ah, uma exceção: o www.portogente.com.br tem questionado a atuação da Ecovias no episódio sim)

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