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quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Mais uma da Supervia. Mais uma da privataria

São 14 incidentes graves em menos de três anos, aponta o Jornal do Brasil (foto: www.jb.com.br)

De Curitiba

Entro no restaurante para o almoço e me deparo com o telejornal, na tevê ligada e pendurada no alto do salão, noticiando mais um dia de caos no transporte ferroviário urbano do Rio de Janeiro.

De perturbar o apetite.

Não é possível, o Governo do Estado do Rio de Janeiro ainda não escurraçou essa Supervia?

De acordo com levantamento do Jornal do Brasil, desde 2009, quando do episódio dos seguranças da empresa chicoteando passageiros (relembre aqui), são pelo menos 14 incidentes - inaceitáveis para uma concessionária de serviço público (muito bem remunerado, por sinal) - registrados.

Por que o Executivo, o Legislativo, o Judiciário, o Ministério Público são tão devagar com essa porcaria?

Quem são os donos da Supervia?

O transporte metroferroviário fluminense foi privatizado nos anos 90 pela dobradinha tucana Fernando Henrique Cardoso (presidente da República) e Marcelo Alencar (governador do Estado).

Privatizado e piorado.

Os sistemas de trens das estatais - ESTATAIS! - CPTM, na Grande São Paulo, CBTU, na Grande Recife, e Trensurb (Grande Porto Alegre), em que pesem as falhas, são incomparavelmente melhores, mais eficientes que a tranqueira da Supervia.

Aliás, é só mais um exemplo do desastre que é a iniciativa privada no comando de serviços públicos. Certamente você aí tem problemas com a Oi, com a Tim, com a Telefónica, com a Vivo, com a CPFL, com a Light - e se sente impotente porque, com quem reclamar até tem, só não tem é perspectiva de ver o problema solucionado, e o serviço, melhorado.

No entanto, apesar desses 15 anos de experiência de privataria, acabamos de entregar as chaves dos dos nossos principais aeroportos (portões de entrada e saída do nosso país) - e de mais outros, em breve - à iniciativa privada.

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