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segunda-feira, 18 de abril de 2016

Depois do espetáculo de horrores na Câmara, fica fácil entender a sujeira do impeachment

Qualquer um em sã consciência vê: é golpe

Condenado por trabalho escravo na mesa diretiva. Réu no Supremo Tribunal Federal conduzindo a sessão. Ícones da corrupção falando em idoneidade.

Proselitismo religioso.

Invocação do nome de Deus em vão.

Traição à memória de Mário Covas, Brizola, Miguel Arraes.

Citadíssimos na Lava Jato e em listões de empreiteiras pregando “passar o país” a limpo.

Velhas raposas, coronéis, falando em “mudanças”.

Comentaristas de poderosa emissora de televisão em indisfarçável contentamento.

Não é possível, depois de todo esse espetáculo de horrores na Câmara dos Deputados, neste domingo, 17 de abril, que alguém em sã consciência não tenha se dado conta de se que trata de um golpe.

Impeachment para livrar a cara dos corruptos e corruptores.

Do golpe pra repressão é um pulo. Porque governo conquistado no tapetão não tem legitimidade. Pra se sustentar, só à força. É o grave risco que corremos.


Por @waasantista, postado de Curitiba
|Foto: Antônio Augusto/Agência Câmara 
| Publicado também no Brasil Observer

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