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quarta-feira, 28 de abril de 2010

Mora na filosofia

 

De Curitiba

Junto com a roda, a música tem que ser incluída entre as grandes invenções da humanidade.

Porque, seja qual o estilo, o ritmo, o idioma, é de uma precisão inigualável para servir de porta-voz, de tradução.

Quando bem feita, então...! Vide Paulinho da Viola - um recorte de sua obra está no vídeo acima com sua "Timoneiro". Um filósofo da vida que filosofa por meio do samba.

A letra, para você acompanhar o clipe:

"Não sou eu quem me navega/ Quem me navega é o mar/ Não sou eu quem me navega/ Quem me navega é o mar/ É ele quem me navega/ Como nem fosse levar/ É ele quem me navega/ Como nem fosse levar
 
E quanto mais remo mais rezo/ Pra nunca mais se acabar/ Essa viagem que faz/ O mar em torno do mar/ Meu velho um dia falou/ Com seu jeito de avisar:/ - Olha, o mar não tem cabelos/ Que a gente possa agarrar

Não sou eu quem me navega/ Quem me navega é o mar/ Não sou eu quem me navega/ Quem me navega é o mar/ É ele quem me navega/ Como nem fosse levar/ É ele quem me navega/ Como nem fosse levar

Timoneiro nunca fui/ Que eu não sou de velejar/ O leme da minha vida/ Deus é quem faz governar/ E quando alguém me pergunta/ Como se faz pra nadar/ Explico que eu não navego/ Quem me navega é o mar

Não sou eu quem me navega/ Quem me navega é o mar/ Não sou eu quem me navega/ Quem me navega é o mar/ É ele quem me navega/ Como nem fosse levar/ É ele quem me navega/ Como nem fosse levar

A rede do meu destino/ Parece a de um pescador/ Quando retorna vazia/ Vem carregada de dor/ Vivo num redemoinho/ Deus bem sabe o que ele faz/ A onda que me carrega/ Ela mesma é quem me traz"

Um comentário:

  1. Adoro Paulinho e sua viola! E adoro também essa música, em especial. E concordo plenamente: a música é, com certeza, uma das grandes invenções da humanidade! Beijos!

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