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quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Às vésperas da eleição, a cantinela do VLT

O trem intrametropolitano de Santos desativado pelo governo do PSDB em 1999

 
Pessoal, a imprensa paulista, em especial a santista, noticiou hoje com todo alarde: a peça orçamentária para 2013 enviada pelo governador Geraldo Alckmin à Assembleia Legislativa prevê, finalmente, recursos para as obras de implantação do sistema de veículos leves sobre trilhos (VLT) em Santos e região.

É bom lembrar: o VLT é prometido pelos tucanos desde os tempos do Mário Covas, quando a Fepasa foi privatizada e o trem intrametropolitano da Baixada Santista, desativado pela gestão do PSDB. São mais de 15 anos de promessas e anúncios, os quais coincidentemente ocorrem em vésperas de eleição.

Desta vez, o fato é transmitido num tom de “agora o projeto sai do papel”.

Ora, não é preciso ser sábio em administração pública para entender que simplesmente por estar prevista no orçamento uma determinada obra não necessariamente vai acontecer. A sua inclusão na perspectiva de gastos e investimentos cumpre tão somente mera formalidade.

Claro, em tese sinaliza uma vontade político-administrativa do governante mas, por todo histórico de ações e medidas anunciadas pelos tucanos com ares de “agora vai”, mais uma vez é para se duvidar.

Só na agência de notícias oficial, são dezenas de matérias em que Covas, Alckmin, Serra, depois Alckmin de novo se pronunciaram enumerando providências a serem tomadas, comunicando novos prazos para a implantação de um sistema de transporte de massa na região metropolitana da Baixada Santista.

Em 30 de maio último, por exemplo, Alckmin afirmara que “em setembro” as “obras físicas” se iniciariam. Setembro chegou, passou, estamos e em outubro e... nem o capim do trajeto foi carpido.

Domingo tem eleição para prefeito e o PSDB paulista corre o risco de ficar de fora do segundo turno na capital; encontra em Santos a maior (e inédita) chance de vitória de um candidato tucano.

Com o reaquecimento do polo industrial de Cubatão, com a expansão do porto e com o pré-sal, a prefeitura santista é estratégica para o partido. A decisão por incluir o VLT no orçamento, e divulgar o feito com toda a pompa, a dias do pleito, é mero acaso, evidentemente.

Acompanhe o histórico de cantinelas do governo estadual em torno do VLT da Baixada Santista. Repare como em cada ocasião é anunciada uma data diferente para o início das operações: 

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