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segunda-feira, 8 de outubro de 2012

No balanço de perdas e danos

Chávez no Balcon del Pueblo: 54% dos votos e respaldo popular

De Curitiba

Ainda bem que Chávez ganhou e bem na Venezuela porque, com uma e outra exceção, em regra o final de semana eleitoral não foi de resultados muito animadores para este blogueiro. Vejamos o que tivemos e o que teremos:

  • Em Santos, minha terra, o tucano herdeiro do prefeito biônico ganhou de lavada, já no primeiro turno. Pior: para a Câmara de Vereadores, 17 dos 21 eleitos estão do centro para a direita. E os outros quatro estão mais para mesa de centro que de canto. Pelo levantamento que o perfil no twitter @Politica_Santos publicou, será a bancada mais conservadora e elitista dos últimos 35 anos. Isso mesmo, desde 1976 não se via uma Câmara Municipal santista tão reaça, desideologizada.   
  • Em Curitiba, minha casa, a renovação do Legislativo parece ter ficado no seis por meia-dúzia. Ao menos o candidato tucano filiado no PSB ficou de fora e o segundo turno promete ser disputado voto a voto.  
  • Aracaju, capital do Sergipe de minha família, conseguiu ser pior que Santos em sua escolha: João Alves, do Dem(o), será o "novo" prefeito, sem precisar de segundo turno.
  • No Rio prevaleceu o pragmatismo. Teria sido melhor um segundo turno com Freixo. De bom, o fiasco do filho do César Maia aliado à filha do Garotinho.
  • Uma pena Patrus Ananias não ter conseguido levar a disputa para mais um turno. Se a candidatura tivesse sido lançada antes, quem sabe a situação teria sido diferente. 
  • Lamentei também a ausência de segundo turno em Porto Alegre, pela Manuela D'Ávila. Mas o pedetista Fortunati demonstra ser merecedor da releição.
  • Fiquei negativamente surpreso com a situação em Florianópolis. Angela Albino parecia caminhar para a vitória. 
  • Creio que em São Paulo e Belém teremos o segundo turno mais renhido destas eleições. Na capital paulista, com Serra no páreo, pode-se se esperar os maiores absurdos. Na capital paraense, o embate do PSDB é com o Psol do Edmílson Rodrigues, que já foi prefeito por dois mandatos, quando no PT. Acompanhei um trecho do debate da TV Record, e o psolista e o tucano são bons de embate. Com a exitosa experiência de Edmílson na prefeitura, se vencer de novo dará ao Psol uma incrível oportunidade de mostrar ao Brasil como o partido se comporta no Executivo, como administra uma cidade grande. Para o bem da esquerda, tomara faça valer essa chance.
  • Agora, exemplo mesmo veio da Venezuela. Lá o voto não é obrigatório, mas o comparecimento foi de 80%. Nas eleições brasileiras, entre abstenções e votos nulos e brancos, isto é, a soma dos desinteressados em votar beirou em muitos casos os 25%. Sobressaiu-se a apatia, a falta de identificação com candidatos e propostas, o ir às urnas por obrigação, para escolher o menos pior. Não lhes pareceu isso?

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