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terça-feira, 14 de janeiro de 2014

Estreia do Big Brother: boa hora para falar de ley de medios

Estreia da 14ª edição do programa é nesta terça, dia 14
De Curitiba

Volto ao Brasil e reencontro a tensão pré-Big Brother Brasil, que acomete as rodas de conversa há uns dez janeiros e, há menos tempo, as discussões nas redes sociais.

De um lado, odiadores do reality show que chega em 2014 à sua 14ª edição. De outro, gente que curte dar uma espiada e, mais ainda, repercutir, comentar, torcer.

Qualquer que seja o teu lado, o debate em torno da qualidade da programação da televisão brasileira, sucitado pelo tal BBB, deve ser aproveitado para levar a uma discussão mais profunda.

É a necessidade, urgente, de reformas profundas na legislação que diz respeito à mídia.

É o que chamamos de "ley de medios", semelhante ao processo pelo qual passaram recentemente, por exemplo, Argentina e Inglaterra.

O marco regulatório da mídia no Brasil é de 1962 - obviamente, bastante defasado. Não contempla premissas garantidas pela Constituição de 1988 nem muito menos a evolução tecnológica dos últimos tempos.

Uma ley de medios não acabaria com Big Brother nem com programa algum, porque a regulamentação da mídia não é censura, não é controle da programação.
 
Projeto de lei de iniciativa popular amplia a liberdade de expressão
Reforma da mídia é acabar com o latifúndio, com o oligopólio do setor (concentração dos meios de comunicação nas mãos de poucas, mas poderosas, empresas). 
 
É, assim, abrir espaço para mais canais de rádio e televisão - privados, estatais e públicos.

Ou seja, se você não gosta de Big Brother Brasil, mas não quer trocar a televisão por outro passatempo, teria muito mais opções de emissoras e programas. 
 
Se você gosta, sem problemas também, afinal seu programa não acabaria e, em outros horários, você teria também mais opções.

Mais canais de rádio e televisão e distribuídos de forma mais equilibrada entre instituições privadas, estatais e da sociedade civil organizada é mais espaço para a comunidade. 

É, portanto, assegurar liberdade de expressão a mais gente. Colabora, dessa forma, para a consolidação da democracia.

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