De Curitiba
Termina nesta sexta-feira, dia 14, o período de consulta pública para os interessados em participar da concorrência internacional para a implantação do sistema de metrô leve em Santos.
A obra, do Governo do Estado de São Paulo, prometida há anos, desde os tempos do finado Mário Covas, parece que finalmente vai sair das pranchetas, dos envolventes vídeos institucionais e das caprichadas apresentações em power point.
A consulta pública é aberta a qualquer cidadão - está lá em destaque na página da Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos (EMTU), qualificada estatal paulista, no www.emtu.sp.gov.br.
Uma análise minuciosa e a constatação é de que o projeto é excelente. Santos e região vão contar com um sistema de transporte de massa moderno, ágil, confortável, seguro e não poluente. O deslocamento do Macuco ao José Menino, por exemplo, poderá ser feito em no máximo 15 minutos, no mínimo a metade do tempo gasto hoje.
Uma ressalva, todavia: a forma tucanada de empreender obras públicas.
A implantação do metrô leve santista será feita pela famigerada - e malfadada - parceria público-privada. Aquela em que, geralmente, o público entra pela privada.
O material da EMTU disponível para consulta diz que a construção das linhas e aquisição dos veículos leves sobre trilhos serão bancadas pelo "parceiro". Intervenções viárias e desapropriações, porém, ficaram às expensas do contribuinte.
A arrecadação das bilheterias - em nenhum momento se estima quanto será a tarifa -, e mais uma chamada "contraprestação" do Estado, essas vão para o cofre do consórcio privado que assumir o negócio.
O novo sistema de transporte vai custar cerca de R$ 700 milhões. Se o governo paulista cortasse o que tem jorrado em publicidade na mídia, não conseguiria bancar o investimento sem se atrelar a empresários que terão como objeto essencial o lucro, e não a qualidade de vida dos santistas?
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