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quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

A posse popular em Sampa e a de gabinete em Santos

O petista Fernando Haddad saúda militantes (foto: Prefeitura SP)

Na posse do tucano em Santos, ninguém nas ruas (foto: Prefeitura)
De Santos

Estive no final da tarde deste primeiro dia de 2013 na solenidade de posse dos vereadores e do novo prefeito de Santos, Paulo Alexandre Barbosa (PSDB), e depois na cerimônia de transmissão do cargo do antecessor, João Paulo Tavares Papa (PMDB), para o recém-empossado. E, à noite, chegando em casa, acompanhei o noticiário sobre a posse do prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT).

Uma diferença evidente: na posse do prefeito de Santos, a ausência de militantes, de povo, na rua. Em São Paulo, ao contrário: além das autoridades e liderenças nos ambientes das cerimônias, do lado de fora eleitores, com bandeiras e gritos de campanha, saudavam o novo prefeito paulistano.

Não que a assunção do cargo pelo prefeito santista tenha sido desprestigiada. Tanto os espaços na Câmara Municipal como na Prefeitura, onde foram realizados os eventos, ficaram lotados. Mas o público que acompanhou o tucano era formado por autoridades políticas, assessores, alguns funcionários públicos de chefia, lideranças comunitárias, empresários. Já a participação popular, ainda que a de eleitores militantes partidários, essa foi nula.

Nem nos arredores da Câmara nem do Palácio José Bonifácio havia gente esperando um aceno, um discurso do tucano - que, por sinal, foi eleito logo em primeiro turno, com quase 60% dos votos válidos.

A posse na capital e a posse em Santos ilustraram uma diferença básica que há entre o campo político da esquerda e o da direita. À esquerda, um maior envolvimento dos eleitores, uma participação mais efetiva, engajamento. À direita, uma presença mais elitiza, burocratizada.

Ou não?

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