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terça-feira, 8 de janeiro de 2013

No Centro de Caracas, produtos da revolução bolivariana

A casa de Simón Bolívar, ponto turístico em Caracas (fotos: WAA)

De Caracas, Venezuela

Uma caminhada pelo Centro de Caracas reserva ao estrangeiro atrativos comuns aos dos centros de qualquer cidade - o casario histórico que preserva a memória da cidade e do país, as praças que servem de ponto de encontro e onde se encontram os mais diferentes tipos de gente, o vai-e-vem de pessoas, carros e ônibus, as saídas movimentadas das estações de metrô, os estabelecimentos comerciais globalizados.

Mas há elementos na capital venezuelana peculiares, e que são a representação, na paisagem urbana, da revolução bolivariana comandada há 14 anos pelo presidente Hugo Chávez.

Prédios de moradias populares
Uma delas, os edifícios de moradias populares. Em quais cidades do mundo é possível encontrar em zonas centrais valorizadas prédios erguidos para servir de lar a quem antes só tinha como opção as sub-habitações?

Estes da foto foram construídos em imóveis abandonados, que serviam à especulação imobiliária enquanto milhares não tinham casa para morar.

Cacao e, ao lado, Café Venezuela
Outro exemplo, surpreendente, é o conjunto de  cafeteria (Café Venezuela) e chocolataria (Cacao Venezuela) localizado na Praça Simon Bolívar. São dois estabelecimentos públicos, que vendem a preço de custo bebidas feitas a partir da produção de cacau e de café da agricultura familiar, da economia solidária.

Curiosa também é a "Tienda Alba", rede de lojas de roupas mantida pelo governo e que comercializa peças fabricadas nos países que compõem a Aliança Bolivariana para as Américas. Camisetas, calças jeans, vestidos, bermudas estão entre os itens, vendidos a preços inferiores ao do comércio privado.

Nas "Librerías de Sur" (em um quadrilátero na região central foi possível encontrar duas delas), o governo oferece, a preços menores que os do mercado ,livros de literatura e ciências sociais. Já nos Infocentros - também foram avistados dois, e em um deles um cartaz homenageia o educador brasileiro Paulo Freire - têm-se acesso a internet, gratuito, sem burocracia.

Na "Esquina Caliente", debate político
Pra terminar, a "Esquina Caliente" - uma tenda sob a qual cidadãos assistem às transmissões da VTV, o canal de televisão oficial, e discutem as ações do governo, falam de política.

Ah, em tempo: na Venezuela não há censura ou restrição à liberdade de imprensa. Basta ver os periódicos expostos nas bancas de jornais, a estampar, em manchetes garrafais, críticas a Chávez e a seu governo.

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